O PSB de Belo Horizonte esclarece que, ao contrário do que afirma o candidato do PT, a gestão do prefeito Célio de Castro, eleito pelo PSB em 1996, não foi uma continuidade à administração do então prefeito Patrus Ananias. Na verdade, oPT tenta mudar a história de Belo Horizonte ao inventar essa farsa 16 anos depois de ter traído o PSB.
Apesar de ter sido vice-prefeito de Patrus, Dr. Célio não foi apoiado pelo prefeito na eleição de 1996. O candidato de Patrus e do PT naquele ano foi o então vereador Virgílio Guimarães, que acabou não chegando ao segundo turno daquelas eleições derrotado por Célio de Castro. Na verdade, Patrus traiu o compromisso que tinha com o seu então vice-prefeito.
Célio de Castro teve, em diversos momentos, uma visão crítica da gestão Patrus. Uma das desavenças foi com relação aos chamados meninos de rua, herança que Patrus deixou para seu sucessor. Célio recebeu a Prefeitura completamente endividada – se houvesse na época a Lei de Responsabilidade Fiscal, Patrus seria declarado inelegível.
Célio herdou uma dívida atualizada de R$ 200 milhões, fato que pode ser comprovado pelos documentos da gestão municipal. O "Relatório de Atividades 1997", documento oficial da PBH, comprova a situação de dificuldade nas contas públicas no primeiro ano do prefeito Célio de Castro. Isso se deveu, principalmente, à falta de planejamento e ao descontrole da gestão petista.
Uma rubrica que aumentou acentuadamente no primeiro ano do governo Célio de Castro foi a despesa com pagamento de dívidas, devido ao elevado endividamento deixado pelo governo anterior. No caso da dívida fundada, constatou-se um aumento de 57,2%, que correspondia, na época, a R$ 30.816.889,13, cerca de R$ 120 milhões atualmente.
Por questão de prioridade, em 1997, ocorreu o pagamento da dívida de curto prazo e o aumento da dívida de longo prazo, o que causou impactos nos anos seguintes.
Para promover os ajustes necessários, Célio de Castro reduziu o custeio e os investimentos, o que resultou num primeiro ano de dificuldades. Um dos cortes da gestão Célio de Castro foi com despesas de publicidade. No seu primeiro ano de mandato, o prefeito adequou as contas de publicidade à realidade do município, por meio de redução de 50% neste item. Se comparado com o valor da receita da Prefeitura, Patrus foi o prefeito que mais gastou em publicidade nos últimos 20 anos.
João Marcos Lobo
Presidente municipal do PSB