A abertura dos Congressos dos Segmentos Organizados do Partido Socialista Brasileiro na manhã desta sexta-feira (2) foi breve, mas intensa. Esperado com ansiedade pelos militantes dos principais movimentos sociais da legenda, o presidente nacional do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não decepcionou e logo mostrou a tônica socialista em seu pronunciamento. “O PSB tem feito bem ao Brasil. Onde nós governamos, apoiamos quem está com o povo”.
A mesa foi presidida pelo primeiro-secretário nacional da legenda e presidente da Fundação João Mangabeira, Carlos Siqueira. O vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, também esteve presente.
Eduardo Campos retribuiu a receptividade e aproveitou para pedir firmeza nas discussões durante as reuniões de hoje. “Em nosso congresso nacional, o debate em torno das propostas apresentadas deve ser tranquilo, mas duro se necessário”.
A reação foi instantânea: “De Norte a Sul e no País Inteiro. Viva o Partido Socialista Brasileiro!”, cantarolaram, em coro, centenas de vozes engajadas reunidas no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
Convidada para o evento, a ministra da Igualdade Racial, Luíza Bairros, lembrou a importância da mobilização partidária e acrescentou: “Espero que o Congresso do PSB sirva para que todos os governos do partido trabalhem pela diversidade”.
O governador também não deixou de comentar sobre os principais temas do XII Congresso Nacional – Questão Urbana no Brasil e Eleições Municipais. O evento começa hoje (2), às 18h, no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal. “Nós focamos na pauta do povo. E precisamos focar o nosso partido ainda mais em direção do Brasil real, do Brasil profundo”.
Campos reconheceu a importância do posicionamento do PSB na política nacional e pediu apoio ao projeto do Governo Federal. “Nosso partido vem mudando de patamar. E quem cresce tem que crescer com responsabilidade. Precisamos nos solidarizar com o projeto político que ajudamos a construir com o ex-presidente Lula e que, hoje, está sob o comando da presidenta Dilma”.
De acordo com o presidente nacional da legenda, mais de 1500 candidatos socialistas concorrerão nas próximas eleições municipais. Para ele, o compromisso com os valores do partido são essenciais para a vitória nas urnas.
Crise Econômica – O presidente nacional do PSB mostrou estar antenado aos estragos causados pela crise financeira em alguns países e, mais uma vez, dedicou a austeridade do Brasil ao governo de Dilma Rousseff. “Não estamos imunes à crise econômica que assola grandes potências mundiais, mas estamos pelejando para amenizá-la. Se essa crise tivesse ocorrido nos anos 80 e 90, estaríamos vivendo outro momento”, ressaltou.
No encerramento, Eduardo Campos reiterou que essas todas essas questões exigem da militância do partido um debate profundo para unificar a ação e a diversidade do pensamento. “Só assim as mudanças necessárias serão realizadas”, concluiu.
Outras personalidades do Partido Socialista Brasileiro estiveram presentes no evento. Foram convidados para compor a mesa: os senadores socialistas, Lídice da Mata, Rodrigo Rollemberg e João Capiberibe, este último, ovacionado pelos militantes, deputados federais e representantes dos movimentos sociais.