Candidata a vice-governadora do Rio Grande do Sul pelo PSB, Josi Paz defende uma mudança de prioridades e a retomada da participação popular na definição das políticas de governo. Filha de pequenos produtores rurais, educadora, ex-agente comunitária e conselheira tutelar e ex-delegada regional do trabalho, Josi afirma ter uma visão profunda da realidade do Estado.
Para ela, à frente dos compromissos de governo, a próxima administração do RS deve priorizar a educação, o desenvolvimento econômico, o bem-estar e a segurança dos gaúchos. “Quero trabalhar para fazer a diferença junto com o governador Vicente Bogo e o governo como um todo. Vamos fazer a diferença juntos, governo e sociedade, por meio do amplo diálogo”, declara.
Natural de Montenegro, da localidade rural de Vapor Velho, no Vale do Caí, Josi Paz é filha de pequenos produtores rurais e professora formada em Biologia. Em 2016 foi eleita a vereadora mais votada de Montenegro. Também foi secretária municipal de Assistência Social e candidata a vice-prefeita no município. “Tenho uma visão profundamente comprometida com a realidade local, dos trabalhadores do campo e as necessidades de jovens e adultos que buscam por formação, trabalho e renda”, diz.
Josi Paz acredita que é através da política as sociedades “se movem e garantem seu futuro”.
Nessa campanha, a socialista tem dito às pessoas “para acreditarem em si, na ação coletiva e organizada, e na sua capacidade de influenciarem as ações de governo”.
Leia a entrevista completa:
Eleita vice-governadora, como acredita que pode fazer a diferença em um futuro governo?
Josi Paz: Quero trabalhar para fazer a diferença junto com o governador Vicente Bogo e o governo como um todo. Vamos fazer a diferença juntos, governo e sociedade, por meio do amplo diálogo. Como vice-governadora, o que buscarei realizar primeiramente será decorrente das minhas experiências e engajamentos políticos e pessoais, principalmente nas áreas da educação, assistência social e segurança pública. Sou educadora e trabalhei como agente comunitária de saúde e conselheira tutelar, então conheço bem a realidade das famílias de trabalhadores. Além disso, venho de uma família de pequenos agricultores, fui vereadora em Montenegro e também secretária municipal de Assistência Social, portanto tenho uma visão profundamente comprometida com a realidade local, dos trabalhadores do campo e as necessidades de jovens e adultos que buscam por formação, trabalho e renda.
Na sua opinião, quais as principais mudanças que o Rio Grande do Sul precisa?
Josi Paz: O RS precisa de mudança de prioridades de governo, colocando à frente dos compromissos de governo a educação, o desenvolvimento econômico, o bem-estar e a segurança dos gaúchos.Temos que recuperar as virtudes da participação popular na definição das políticas de governo, principalmente através do fortalecimento dos COREDEs (conselhos regionais de desenvolvimento), que articulam regionalmente o debate sobre os interesses de cada uma das regiões do Estado, e da retomada do Orçamento Participativo, cuja origem no Estado foi no governo de Bernardo de Souza, que foi do PSB, na prefeitura de Pelotas (nos anos de 1908).
Que mensagem você está levando nessa campanha para as pessoas?
Josi Paz: Para acreditarem em si, na ação coletiva e organizada, e na sua capacidade de influenciarem as ações de governo.
Em sua opinião, o que é imprescindível para exercer uma função pública?
Josi Paz: Clareza de propósitos e de objetivos, capacidade de ouvir as pessoas e as opiniões divergentes, habilidade para buscar acordos entre opiniões divergentes, compromisso com a democracia e suas instituições, honestidade. Um dirigente político não deve buscar antagonismos, mas não deve fazer de conta que não existem quando eles são evidentes.
Há sinais evidentes de que a política vem se afastando dos cidadãos, e de que estes têm perdido a confiança nos políticos. Mas não existe outro caminho para gerir os interesses públicos e garantir avanços sociais que não seja pela política. Como você analisa esse tema?
Josi Paz: A pergunta já contém a resposta. É através da política que as sociedades se movem e garantem seu futuro. O que temos que fazer é recuperá-la, pois é evidente que ela foi comprometida em nosso país. Fazer política hoje é fazer uma pedagogia, no sentido de estimular as pessoas a emitirem suas opiniões, a defender suas opiniões com argumentos que sejam compreensíveis a todos, e a ouvir as opiniões alheias. Desacreditar da política é, em última análise, deixar de acreditar nas próprias opiniões, e, sobretudo, aceitar que as divergências numa sociedade sejam resolvidas com base em soluções de força, com base na violência. Isto é que é inaceitável!
As mulheres são a maioria dos eleitores, mas estão longe de ocupar espaços de poder, seja nos partidos, seja nos cargos eletivos. Como você acredita que é possível mudar essa realidade tão desigual?
Josi Paz: Através da Educação! Este é o único caminho! A participação das mulheres na política está diretamente relacionada à sua participação na vida pública em geral, na direção de instituições públicas e privadas, inclusive empresas. O que devemos é superar o preconceito de considerar a mulher como sinônimo da “vida no lar”.