Durante reunião da Bancada do PSB, realizada nesta quarta-feira (27), a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) criticou a antecipação dos debates sobre as eleições de 2014. O fortalecimento do nome do governador de Pernambuco e presidente Nacional da legenda, Eduardo Campos, para o pleito tem incomodado partidos e políticos. Com essa discussão em pauta, lembra Erundina, temas de extrema relevância para a sociedade brasileira ficam fora da agenda política.
A deputada socialista reforça o posicionamento de que a lógica eleitoreira não interessa ao PSB. “Estamos mais interessados em abordar, nesse momento, questões como a crise econômica, a inflação descontrolada e as consequências sociais que a desaceleração do crescimento traz para a população.”
A crítica também foi feita pelo líder da legenda na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS). “Temos que trazer à mesa problemas brasileiros que exigem certo pacto de convergência. Essa é uma agenda que exigiria de todos amplo debate, mas no momento em que se antecipam as eleições, ocorre uma divisão que não contribui para a construção das soluções que deveríamos buscar.”
Beto lembra que o PSB tem um compromisso histórico com o Brasil e com a população, o que, segundo ele, credencia a legenda a qualquer disputa no País. “Nosso propósito não é fisiológico. Estamos construindo um projeto sério de governo”, ressalta.
Ainda segundo Erundina, a retomada dessa agenda política também passa por temas polêmicos como o novo Marco Regulatório da Comunicação, a proposta de Reforma Política e a busca pela verdade sobre o período de ditadura no País (1964-1965). “Todos esses assuntos devem ser prioridade para o partido nesse momento. É esse o trabalho que devemos realizar. A partir daí, a candidatura de Eduardo Campos será uma consequência”, avaliou.