A Liderança do Partido Socialista Brasileiro (PSB) na Câmara dos Deputados saúda a ex-senadora Marina Silva pela criação da nova legenda Rede Sustentabilidade. Lançado neste sábado (16), em Brasília, a Rede surge com a promessa de ser uma legenda pura e de não integrar nem a situação nem a oposição.
O PSB apoia a iniciativa de Marina por acreditar que, somente com a ampliação do debate político, que necessariamente passa pela defesa do pluripartidarismo e da livre filiação partidária, o País conseguirá alcançar a consolidação plena da democracia.
O líder do PSB na Câmara, deputado federal Beto Albuquerque (RS), defende a manutenção de todos os direitos e recursos necessários para a atividade política de seus afiliados. “Esperamos que, após a sua aprovação pelo TSE, sejam dados a eles todos os direitos já concedidos a outros partidos, como o fundo partidário e tempo de tevê na proporção dos parlamentares que, livremente, desejarem integrar esta nova legenda”, afirmou o parlamentar.
Beto lembra ainda que, ao longo da história política brasileira, o PSB também foi vítima de legendas e grupos políticos que tinham como interesse único a manutenção do seu status quo, sendo que para isso não lhes servia a criação de novos partidos.
No Senado, o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF), denunciou mudança casuística para bloquear o partido de Marina Silva.
O Senador socialista ficou "assustado e surpreso” ao tomar conhecimento de que parlamentares de diversos partidos já estariam articulando alterações na legislação com o objetivo de dificultar o processo de criação da Rede Sustentabilidade
Em discurso nesta segunda-feira (18), ele defendeu a legitimidade do novo partido político criado pela ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, o Rede Sustentabilidade. No entender, do senador socialista, a agremiação deve ter os mesmos direitos dos partidos já em funcionamento.
"Renovação é importante. Defendo que parlamentares e setores da sociedade tenham liberdade de criar seu próprio partido", afirmou. Rollemberg disse ter ficado "assustado e surpreso” ao tomar conhecimento de que parlamentares de diversos partidos já estariam articulando alterações na legislação com o objetivo de dificultar o processo de criação da Rede Sustentabilidade.
Segundo o senador, o intuito dessas mudanças seria aumentar o número de assinaturas de eleitores necessário para a criação de um partido político ou impedir que a nova legenda consiga tempo de propaganda eleitoral gratuita em rádios e TVs. "É um gesto de casuísmo que não pode ser suportado, é um casuísmo intolerável. Nós do PSB não compactuamos com qualquer medida de restrição à liberdade de organização partidária", pontuou.
Para a oficialização da Rede Sustentabilidade, ainda será necessário reunir mais de 500 mil assinaturas, em pelo menos nove estados brasileiros, além da aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.