
Foto: Aluísio Moreira/SEI
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), recebeu, na manhã desta terça-feira (24), no Palácio do Campo das Princesas, integrantes do grupo de trabalho do Memorial da Democracia, para discutir as ações realizadas até o momento.
Em fevereiro passado, um protocolo assinado com a Prefeitura do Recife, assegurou sua instalação no casarão histórico localizado no Sítio da Trindade, em Casa Amarela, que marcou o início das atividades do ano da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, instituída pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
O memorial abrigará todo acervo de fotos, vídeos, documentos e o relatório reunido pela comissão e informações sobre as lutas libertárias ocorridas no Estado durante a ditadura ficarão abrigados no Memorial da Democracia.
Além de conversar sobre as ações do primeiro ciclo de trabalho, que contribuem para a valorização dos direitos humanos e para o exercício da democracia, também foi debatida a necessidade da contratação de um curador para integrar o grupo.
“Entramos em uma nova fase de funcionamento do Memorial da Democracia, com a entrega do relatório e a definição dos responsáveis pela curadoria do espaço. Em breve, o nosso Estado contará com um local que será utilizado por estudantes, professores e pesquisadores interessados em conhecer uma parte importante da nossa história”, afirmou Câmara.
Casarão do Sítio Trindade
Em maio de 1960, durante a gestão de Miguel Arraes (PSB) como prefeito do Recife, o Sítio Trindade, antes denominado Arraial do Bom Jesus, tornou-se sede do Movimento de Cultura Popular (MCP). A iniciativa envolveu intelectuais e artistas e apresentava um conceito inovador de educação, a partir do uso da cultura popular como instrumento de transformação social.
Com o golpe militar de 1964, tanques do exército avançaram sobre os jardins do Sítio Trindade e o casarão foi invadido. O material pedagógico e as obras de arte foram apreendidos e destruídos, sob o argumento de que se tratava de material subversivo. Muitos dos integrantes do movimento foram vítimas de perseguição, findaram presos ou exilados.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações do Governo de Pernambuco