As últimas pesquisas eleitorais indicam um vento de renovação, um sopro de mudança no quadro político brasileiro. Esta foi a avaliação que o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, fez, segunda-feira à noite, sobre a mais recente pesquisa Datafolha que o colocou na terceira colocação entre os pré-candidatos à Presidência da República. “São ventos de mudança, mas de uma mudança que tenha a capacidade de preservar as conquistas e, com segurança, iniciar um ciclo que possa melhorar a vida do povo brasileiro,”, afirmou o governador durante o evento em que a Revista IstoÉ o distinguiu como o Brasileiro Revelação de 2013.
Para Eduardo Campos, as pesquisas têm mostrado ainda que a população brasileira não entrou no debate eleitoral o que, segundo ele, só deverá começar a acontecer a partir de agosto de 2014. “Haverá mudança em 2014. Se você analisar a série histórica, verá que nas eleições brasileiras é muito comum aquele que largou lá na frente chegar bem atrás”, disse. Segundo ele, a campanha vive agora uma fase de debates de conteúdos. “Na quinta passada lançamos uma plataforma para colher sugestões e contribuições de toda a sociedade brasileira, e já estamos com uma equipe de especialistas tratando das questões que surgem”, explicou.
O processo de discussão dos temas seguirá até 31 de janeiro, quando a equipe técnica formatará as sugestões em um documento com as diretrizes básicas para a campanha. Somente com o pré-programa pronto, começarão os debates sobre composições regionais. No momento, PSB e Rede trabalham para consolidar a integração entre os dois partidos em todos os estados brasileiros. “E nesse sentido, este processo de debates tem sido muito importante”, disse o governador.
Para Eduardo Campos ainda é muito cedo para começar a tratar de política de alianças nos estados. “Nós tomamos a decisão unânime de priorizar o projeto nacional, e quando afirmamos isso já estamos deixando tudo muito claro. Podemos ter num ou noutro local uma situação para a gente administrar, mas temos a capacidade política de construir o diálogo, de fazer mediação”, frisou.
Mostrando-se otimista, o governador afirmou ainda que um dos grandes potenciais da aliança PSB-Rede está justamente no fato de que a maioria da população ainda não tomou conhecimento deste “casamento”. “Alguns institutos já estão fazendo simulações com chapas completas. E quando isso acontece os resultados são bem distintos. A partir de julho, quando o debate político ganhar a pauta da população, já teremos resultados traduzidos em números de intenção de voto nas pesquisas”, afirmou.