O Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais determina que os agricultores selecionados recebam, além do recurso financeiro, assistência técnica dos governos federal e estadual. O Programa Mais Viver também vai disponibilizar sementes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), tanto para produção de subsistência como de excedentes para a comercialização. Desde 2011, mais de 25 mil famílias de agricultores estão recebendo a visita dos técnicos e as sementes pelo Plano Brasil Sem Miséria.
No mapa que traça o perfil da miséria no Brasil, verifica-se que, atualmente, 16 milhões de pessoas se encontram nesta situação e, no Piauí, mais de 600 mil habitantes estão incluídos nesta difícil realidade e 78% deste total são negros ou pardos e 63% encontram-se na zona rural.
As ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), promovidas e coordenadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), são a base do Brasil Sem Miséria para promover a estruturação da capacidade de produção e a inclusão produtiva das famílias de agricultores familiares que serão atendidas. A estratégia se alia à distribuição gratuita de sementes e ao programa de fomento.
Na última visita ao Piauí, a equipe do MDS foi ao Território do Vale dos Guaribas, na Região de Picos. Lá eles elogiaram a estrutura do programa no Estado. “O Piauí está comprometido contra a pobreza, o Governo do Estado apresentou um projeto englobando todos os anseios do programa Brasil Sem Miséria dando todo apoio e condições para a execução do projeto com excelência”, disse o secretário de Desenvolvimento Territorial do MDA, Jerônimo Rodrigues.
O projeto de estruturação produtiva, elaborado pelos técnicos em conjunto com as famílias, é o centro do acompanhamento dos agricultores, pois viabiliza o acesso aos recursos do fomento e cria condições para que a família melhore a produção, seja para consumo próprio ou para obter excedentes para comercialização. Os técnicos orientam as famílias na criação do projeto e no acesso às políticas públicas. O acompanhamento privilegia a inserção produtiva e social das mulheres e da juventude.