Presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos voltou a cobrar do governo federal esclarecimentos em torno da gestāo da Petrobrás, mas ressalvou a necessidade de preservar a empresa e respeitar seus funcionários. Para ele, as dúvidas criadas em torno da compra de uma refinaria em Pasadena, no Texas (EUA), nāo podem fragilizar a empresa nem estigmatizar seus servidores. “É preciso uma posiçāo de grande equilíbrio. A Petrobrás pertence ao povo brasileiro e tem grande responsibilidade na alavancagem de investimentos no país”, disse o governador. “É preciso defender a Petrobrás e seu corpo técnico, formado por gente séria, envolvida com o que temos de mais avançado. Essas pessoas nāo podem ser confundidas, em um episódio que nós lamentamos”.
De passagem por Salvador, onde a aliança PSB-Rede Sustentabilidade-PPS reuniu sua militância para aprofundar o debate do futuro programa de governo, Campos descartou o uso político do escândalo, mas foi enfático na cobrança de justificativas para os problemas que envolvem a estatal. “Em 2010, a presidente acusou seu adversário, dizendo que ele pretendia privatizar a Petrobrás. Três anos depois, a Petrobrás vale a metade do que valia, está mais endividada”, afirmou, me coletiva à imprensa. “É preciso saber o que aconteceu”.
O governador de Pernambuco foi cuidadoso ao comentar a instalaçāo de uma Comissāo Parlamentar de Inquérito (CPI), medida defendida por setores da oposiçāo. “Nós queremos o esclarecimento e nossa bancada subscreveu os pedidos de informaçāo no Senado. Vamos aguardar as convocaçōes e os esclarecimentos para tomar uma decisāo”, informou. “Se os esclarecimentos nāo forem suficientes, o partido terá de avaliar a situação, mas nós nāo faremos uma disputa política que esvazie a verdade dos fatos. Nāo Vamos instrumentalizar”. Para Campos, o momento por que passa o Brasil Exige responsibilidade. “Minha preocupaçāo , como brasileiro, é nāo vulnerabilizar a Petrobrás. Se o governo nāo cuidou da Petrobrás, nós temos de cuidar”.