Os três partidos reuniram seus dirigentes e militantes em Salvador, na Bahia, para o terceiro encontro regional com vistas a aprofundar o debate do futuro programa de governo da aliança. No centro da reflexāo, a consolidaçāo de um novo projeto para o Brasil e a construçāo de um novo ciclo de desenvolvimento para o Nordeste. “Essa eleiçāo nāo será presidida pela continuidade, mas por uma expectativa de mudança. O que importa é saber que a sociedade quer mudança e, alguns, mudança total”, afirmou Roberto Freire, presidente nacional do PPS. “O Nordeste já cresce mais que o Brasil e precisa de um novo modelo de desenvolvimento”, disse a senadora Lídice da Mata, candidata da aliança ao governo da Bahia.
O encontro programático reuniu dirigentes dos três partidos nos nove Estados da regiāo Nordeste, garantindo um debate amplo e qualificado, com uma profunda percepçāo das realidades locais. A senadora destacou alguns dos ingredientes desse novo modelo de desenvolvimento regional a ser buscado, que deve agregar a inovaçāo, maior investimento em ciência e tecnologia, uma aposta efetiva na Agricultura familiar e a retomada da reforma agrária. “O povo brasileiro tem uma oportunidade única de impedir o retorno da direita neoliberal e fomentar uma renovaçāo profunda no campo da esquerda, tendo a ética como essência da atividade política”, frisou.
Presidente estadual do PPS, o vereador Joceval Rodrigues dos Santos destacou a experiência administrativa como credencial mais importante para a candidatura presidencial de Eduardo Campos. “Eduardo se coloca como alternativa para o país porque já realizou no seu Estado”, comentou, alertando para a importância de uma aliança moldada no debate programático e nāo na mera divisāo de espaço político.
Candidata ao Senado, a ministra Eliana Calmon defendeu com veemência a recuperaçāo da Bahia e o resgate da auto-estima de sua populaçāo. Para ela, o debate Em curso tem de encontrar novas soluçōes para a segurança pública e dar voz às minorias. “Nós estamos vivendo com medo, nāo apenas inseguros, mas encurralados pela falta de segurança pública”, afirmou. “É preciso ter uma Justiça legal e sem aventuras,meter uma sociedade democratica e de iguais. Nāo podemos mais viver num país onde nāo haja segurança em todos os setores”.