Eduardo Campos, candidato à Presidência da República, anunciou nesta segunda-feira (21) que o aumento dos investimentos em saúde e a criação de uma carreira nacional dos médicos são prioridades de seu futuro governo. O anúncio foi feito na inauguração do comitê nacional da campanha da Coligação Unidos pelo Brasil.
Ao lado de Marina Silva, candidata a vice-presidente, Eduardo manifestou apoio à proposta do movimento Saúde+10 em defesa do repasse integral de 10% das receitas correntes brutas da União no sistema de saúde pública. O Saúde+10 é integrado pelas mais importantes entidades do setor _como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AM)_ e tem o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Eduardo criticou as escolhas políticas feitas pelo governo federal, que se recusa a aumentar os repasses para a saúde, mas consegue encontrar verbas para oferecer juros subsidiados a grupos econômicos ou para socorrer empresas elétricas. “É preciso dizer sim à saúde e a gente tem de encontrar o caminho de dizer não ao desperdício, não à corrupção, não a 39 ministérios, não ao subsídio a juros para grupos econômicos que a gente nem sabe quais”, afirmou.
“É fundamental sim apoiar mais recursos para a saúde. mais recursos não só financeiros, mais recursos humanos. Humanização na saúde não vai haver enquanto o Brasil não priorizar o que é prioridade na vida do povo”, afirmou. “Nós precisamos curar o Brasil de um Estado que fica de costas para a sociedade e, para isso, é preciso buscar no movimento social brasileiro a forma de a gente inverter as prioridades e fazer um novo país. Um novo país onde tem que ter dinheiro para escola em tempo integral. Tem que ter dinheiro para as pessoas não morrerem, como estão morrendo, nos hospitais, nas calçadas dos hospitais ou nas ambulâncias. “, disse.
“Governei por sete anos e três meses um Estado onde chegamos a ter um ano com 17% de investimento na saúde e tivemos uma média acima de 15%. Quem fala aqui é quem já governou e cumpriu os compromissos com a saúde de seu Estado colocando mais recursos, fazendo concursos públicos e ampliando a parceria com os filantrópicos”.
Em seu discurso, Marina Silva disse estar confiante que, mesmo com pouco tempo na propaganda eleitoral na TV, a coligação conseguirá “mostrar ao Brasil que a nossa união é para que se estabeleça um novo tempo, um tempo em que o governo se orienta por uma agenda, uma agenda que vai além do mandato de quatro anos”.
“Nós estamos aqui aprofundando a principal aliança, que não nos dá tempo de televisão, mas nos dá tempo de interlocução. Se a aliança for com a sociedade brasileira, nós teremos a ampliação da nossa voz, do nosso discurso, do nosso sonho de fazer uma política para unir o Brasil, não para separar o Brasil”, disse Marina.