O procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), seja afastado do seu mandato parlamentar e da presidência da Casa. Janot afirma que Cunha vem utilizando o cargo para interesse próprio e fins ilícitos.
No pedido, o procurador-geral aponta 11 fatos que comprovariam o uso do mandato de deputado e do cargo de presidente da Câmara para constranger e intimidar parlamentares, réus colaboradores, advogados e agentes públicos, com o objetivo de embaraçar e retardar investigações contra si.
Janot justifique que a medida é necessária para garantir a ordem pública, a regularidade de procedimentos criminais em curso perante o STF e a normalidade das apurações submetidas ao Conselho de Ética.
Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, além de ser investigado por possuir contas não declaradas no exterior, Eduardo Cunha é alvo de processo no Conselho de Ética, que pode resultar em sua cassação. No fim de novembro, em meio a manobras no colegiado, a bancada do PSB e de outros quatro partidos protocolaram um documento na PGR em defesa do afastamento de Cunha da presidência da Câmara.
Com informações da assessoria da PGR
