Médico por formação, o deputado Alexandre Roso (PSB-RS) quer estipular prazo para repetição ou complementação de exame de mamografia. Segundo a proposta apresentada pelo socialista na Câmara (PL 2357/2011), sempre que o exame anterior apresentar problemas de imagem mal definida ou que suscite dúvidas na interpretação, os serviços de saúde deverão repetir o procedimento em, no máximo, 30 dias.
Roso defende a medida por entender que algumas vezes ocorrem deficiências ou limitações técnicas, tanto na aparelhagem, quanto na sua manipulação, o que pode gerar dúvidas sobre a imagem obtida. “Nesses casos, os serviços de saúde deveriam reconhecer o problema e priorizar a repetição de tais exames, uma vez que sua protelação coloca em risco a vida das mulheres”, defende o parlamentar ao lembrar que o diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta consideravelmente as chances de cura da paciente.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a mamografia apresenta sensibilidade de rastreamento que pode variar de 46% a 88%. A eficiência do exame depende de fatores como tamanho e localização da lesão, densidade do tecido mamário, qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista. “Nós sabemos que uma mamografia não tem índice de acerto de cem por cento. O médico tem que lançar mão de um segundo exame, em casos duvidosos. E isso precisa ser feito com agilidade”, ressalta Roso.