O PSB foi o partido que mais cresceu no Rio Grande do Sul nas eleições de 2012. O sucesso da legenda no pleito de 7 de outubro foi comemorado pela Executiva Estadual, que se reuniu nesta segunda-feira (29), em Porto Alegre, para avaliar o resultado eleitoral. A sigla, que elegeu 12 prefeitos em 2008, passou para 18 nesta eleição, um aumento de 50%. O Partido também ampliou a votação para prefeito, passando de 178.300 votos em 2008 para 282.884 em 2012. Em chapas próprias ou em outras composições, ainda foram eleitos 31 vice-prefeitos.
Com relação às câmaras de vereadores, os socialistas gaúchos quase duplicaram sua representação: passaram de 115 parlamentares eleitos em 2008 para 205 em 2012, uma ampliação de 78%. O PSB retomou cadeiras em cidades-pólo como Caxias do Sul, Passo Fundo, Rio Grande e Pelotas, além de ter aumentado significativamente o número de vereadores na Região Metropolitana de Porto Alegre. A partir de janeiro de 2012, a sigla contará com parlamentares em 128 municípios. “Teremos presença institucional em 143 municípios, com vereadores, vice-prefeitos, prefeitos ou participação nas administrações”, destaca o presidente estadual do PSB, Caleb Oliveira.
Conforme o presidente, o PSB vem tendo crescimento eleitoral contínuo desde a sua refundação, tanto no nível nacional, quanto no Rio Grande do Sul. “Já nas eleições de 2010, passamos de um deputado federal e dois deputados estaduais para três federais e três estaduais. Em 2012 praticamente dobramos nossa presença no Estado. Nacionalmente saímos da eleição com o maior número de prefeituras de capitais. Temos nomes de grande expressão e respeitabilidade, como o Governador Eduardo Campos, presidente nacional do partido, e o Secretário da Infraestrutura do RS, Beto Albuquerque”, destaca Caleb. Para o presidente, pode-se dizer que o Partido Socialista já está consolidado como um dos partidos com expressão nacional. “Nosso maior desafio é nos mantermos como um partido de esquerda, preocupado fundamentalmente com o desenvolvimento de cada município, do estado e do país dentro de uma perspectiva inclusiva, com a eliminação da miséria e redução das desigualdades”, afirma ele.
Na avaliação do vice-presidente nacional do PSB, deputado federal licenciado Beto Albuquerque, o fortalecimento do partido não é ocasional e sim fruto de muito trabalho. Segundo ele, o PSB vem de um crescimento contínuo, principalmente de 2010 para cá, quando elegeu seis governadores. “Nessas eleições, no Rio Grande do Sul, fizemos 18 prefeitos, 31 vices e 205 vereadores. Na Região Metropolitana, passamos a ter 18 vereadores, reelegemos Cachoeirinha, ganhamos Eldorado do Sul e outras cidades importantes, como Rosário do Sul. Nosso crescimento é consistente, o que nos permite pensar, no futuro, em voos mais altos para o partido, tanto em nível nacional quanto estadual. O PSB começa a ser percebido pela macropolítica brasileira”, afirmou. Albuquerque ressaltou ainda que parte deste sucesso se deve à ascensão do governador de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Eduardo Campos. “O nosso presidente é uma liderança que desponta no universo nacional como forte concorrente à disputa presidencial para as próximas eleições. O governo de Pernambuco está entre os melhores do país, com políticas de resultados, metas estabelecidas e monitoramento de gestão”, garantiu.
Participação feminina – entre os prefeitos eleitos estão três mulheres que a partir de janeiro comandarão os municípios de Cristal, Santa Cecília do Sul e Santo Antônio do Planalto. As socialistas Fábia Richter, Jusene Peruzzo e Cristiane Franco concorreram ao Executivo pela primeira vez e já conquistaram a vaga de prefeita em seus municípios. O Partido também elegeu uma vice-prefeita e 28 vereadoras. Para a Secretária de Mulheres do PSB-RS, Anabel Lorenzi (que também concorreu a prefeita e chegou em 2º lugar em Gravataí, contabilizando 40.043 votos), este resultado é fruto da organização das mulheres e de sua participação efetiva nos movimentos sociais. “Obviamente, precisamos continuar mobilizados para que o crescimento seja contínuo e para que tenhamos mandatos de qualidade e representativos das lutas femininas”, alerta ela.