O PSB elegeu três governadores e vai disputar o segundo turno das eleições em outros quatro Estados, entre eles, São Paulo, o maior colégio eleitoral do país.
Em Pernambuco, o governador Paulo Câmara derrotou Armando Monteiro (PTB), como fez em 2014, e foi reeleito com 50,61% (3.759.779) dos votos. Monteiro ficou em segundo lugar, com 36,01% (1.355.732). A coligação de Câmara também elegeu os dois senadores da chapa.
Após a confirmação do resultado, Câmara agradeceu o apoio e a confiança no projeto socialista e reafirmou a “missão de honrar o legado de Eduardo Campos no Estado”.”O que a gente fez ao longo desses últimos quatro anos se soma também ao esforço feito por Eduardo Campos, a quem a gente sempre irá homenagear. Eduardo foi um grande governador, um grande amigo, um grande líder. E a gente tem como missão fazer Pernambuco continuar a andar na frente”, disse.
No Espírito Santo, Renato Casagrande conquistou 55% (1.931.990) dos votos válidos, contra Carlos Manato, segundo colocado com 525.877 (25,20%). Depois da vitória, Casagrande escreveu a eleitores e militantes em suas redes sociais: “Muito obrigado a todos que somam forças à nossa campanha, que foi honesta, limpa e, principalmente, respeitosa à vontade da população. Foi um belo caminho trilhado juntos”.
Na Paraíba, João Azevedo alcançou 58,2% (1.866.011), contra Lucélio Cartaxo (PV), que obteve 436.098 (23,40%). “Nossa celebração é escancarada. Eu era considerado um desconhecido engenheiro que não sabia fazer política. A resposta é que fiz uma campanha limpa e a Paraíba evoluiu. Quem comandou toda a evolução foi o governador Ricardo Coutinho. Vamos continuar o projeto político do PSB. As pessoas querem a continuidade e uma gestão honesta”, disse João Azevedo em seu discurso após o resultado da apuração.
O governador Ricardo Coutinho (PSB) comemorou a conquista já no primeiro turno. “Estamos felizes por terminar o governo e entregar a gestão nas mãos honestas de João Azevedo, que defende um projeto coletivo. Foi uma vitória espetacular e a derrota do adversário é resultado daqueles que se apegam ao poder econômico”, disse.
Para Coutinho, a prioridade agora é fazer uma grande frente em defesa da democracia no país. “Vamos nos unir para enfrentar um mal maior, e estamos fortes para enfrentá-lo”, afirmou, referindo-se à disputa do segundo turno da eleição presidencial.
Desafio do segundo turno
Os candidatos que concorrerão no segundo turno são João Capiberibe, no Amapá, Rodrigo Rollemberg, no Distrito Federal, Márcio França, em São Paulo, e Valadares Filho em Sergipe.
No Amapá, João Capiberibe obteve 30,1% (119.500) dos votos e disputa com Waldez Góes (PDT), que alcançou 33,55% (133.214). O socialista histórico já governou o Estado por duas vezes.
No Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg disputa o segundo turno contra Ibaneis Rocha (MDB). O socialista contabilizou 210.510 votos, 13,94% do total de válidos. Ibaneis teve 634.008 votos, o correspondente a 41,97% dos votos válidos.
Candidato à reeleição, Rollemberg aparecia até este domingo em empate técnico no segundo lugar com outros dois candidatos.
Atual governador de São Paulo, Márcio França surpreendeu na reta final do primeiro turno, superando Paulo Skaf (MDB), que ocupada a segunda posição nas pesquisas. O socialista teve 21,82% (4.357.464) dos votos, e João Doria (PSDB), 32,20% (6.428.950).
Em seu discurso após o anúncio do resultado pelo TSE, França lembrou das dificuldades que enfrentou durante a campanha, entre elas, a de fazer seu nome ser conhecido no Estado. Até a véspera do primeiro turno, as pesquisas apontavam o socialista em terceiro lugar.
Em Sergipe, Valadares Filho (PSB) concorre na segunda etapa do pleito com o atual governador Belivaldo Chagas (PSD). Chagas recebeu 40,84% (403.252) dos votos válidos, contra 21,49% de Valadares (212.169).
Conheça histórico dos governadores eleitos em primeiro turno:
Renato Casagrande (ES)
Natural de Castelo (ES), Casagrande tem 57 anos e vai governar o Estado pela segunda vez. Graduado em Direito e Engenharia Florestal, o socialista foi deputado estadual, deputado federal e senador.
Entre 2011 e 2015, período em que governou o Espírito Santo, Casagrande reequilibrou as contas públicas do Estado e implementou um programa que foi responsável por uma redução histórica dos índices de violência, o Estado Presente.
Em 2014, o Espírito Santo foi considerado o Estado mais transparente do país pela ONG Contas Abertas. A gestão socialista também foi o única a receber nota A da Secretaria do Tesouro Nacional, o que significa nota máxima em equilíbrio econômico e fiscal.
Durante a campanha, Casagrande disse que vai priorizar a segurança pública e a saúde. Os índices de violência, que voltaram a crescer no Estado, sobretudo os crimes contra o patrimônio, serão combatidos com o retorno do Batalhão de Missões Especiais (BME) e da Ronda Tática Ostensiva Motorizada (Rotam), extintos em 2017 pelo governo de Paulo Hartung (MDB).
Na área da saúde, Casagrande pretende descentralizar e regionalizar os serviços hospitalares, como consultas e exames, e reduzir o tempo de espera por atendimento com unidades móveis nos municípios.
Casagrande quer ainda investir em educação, com ampliação do ensino integral nas escolas e formação permanente de professores.
João Azevedo (PB)
Engenheiro Civil e professor, João Azevedo, de 62 anos, foi secretário de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia nos governos de Ricardo Coutinho (PSB). Na Prefeitura de João Pessoa, Azevedo ocupou o cargo de secretário de Serviços Urbanos.
O socialista iniciou a corrida eleitoral em terceiro lugar, mas surpreendeu com crescimento de 15 pontos percentuais nas últimas pesquisas Ibope. É a primeira vez que Azevedo irá ocupar um cargo eletivo.
Durante a campanha, Azevêdo defendeu a criação de escolas em tempo integral e ensino bilíngue, além de novas escolas técnicas. Na área da saúde, Azevedo propõe ampliar o número de leitos para internações de longa permanência e reformar os hospitais.
No setor de infraestrutura, defendeu a conclusão da implantação da Adutora Transparaíba, realização das obras para a contenção da erosão da Barreira de Cabo Branco e implantação de um veículo leve sobre trilhos (VLT) em Campina Grande.
O plano de governo de Azevedo prevê ainda criação e manutenção do Programa Primeiro Emprego, concursos públicos para a área de educação e para os quadros do sistema de segurança.
Paulo Câmara (PE)
Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco, Paulo Câmara, 46 anos, foi secretário de Administração do governo de Eduardo Campos entre 2007 e 2010. No mesmo ano, passou a responder pela Secretaria de Turismo e, em janeiro de 2011, assumiu o cargo de secretário da Fazenda até 2014.
Natural de Recife, Câmara foi eleito pela primeira vez governador de Pernambuco em 2014, também em primeiro turno, com 68% dos votos.
Durante a campanha, Paulo Câmara defendeu um “pacto pelo emprego” e pelo crescimento econômico para recuperar e criar novas vagas de trabalho em Pernambuco.
O socialista propôs a criação de um 13º salário para o Bolsa Família, a construção de moradias para diminuir o déficit habitacional e unidades de saúde em diferentes mesorregiões, para encurtar as distâncias para o tratamento médico de quem mora no interior.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional