O Partido Socialista Brasileiro (PSB) lamenta o falecimento de Nelson Mandela, líder nato e reconhecido pela sua luta pela igualdade racial. Mandela foi presidente da África do Sul, entre os anos de 1994 e 1999, faleceu aos 95 anos, nesta quinta-feira em Pretória, capital executiva da África do Sul.
Eduardo Campos, presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco, destacou a importância da vida e dos trabalhos e lutas realizados por Mandela. “Foi com muita tristeza que recebi a notícia da morte de Nelson Mandela. Mais que uma das maiores personalidades de nosso tempo, o líder sul-africano é um exemplo notável de coragem e humanidade que nos deixa. Felizmente, seu legado continuará vivo, não somente em seu País, mas em todo o planeta”, lamentou.
“A trajetória de Mandela é uma enorme lição de vida que deve ser lembrada por todos nós. Cada dia de sua história mostra que o esforço e a persistência de um homem, que age com inteligência, bondade e coragem, podem mudar não apenas o destino de um país, mas a história de todo um povo. Que podem tocar o coração do mundo. De todas as muitas lições que Nelson Mandela nos legou, quero repartir com vocês uma que me toca em especial: ‘a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo’”, lembrou Campos.
PSB e Mandela
O Partido Socialista Brasileiro realizou, em dezembro de 2011, o seu XII Congresso Nacional, onde escolheu como homenageados o líder sul-africano, Nelson Mandela, e, também, o ex-ministro da Saúde e presidente de honra do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Jamil Haddad.
“Nelson Mandela lutou pelo fim do apartheid racista na África do Sul e Jamil Haddad pelo fim do apartheid social no Brasil”, resumiu o primeiro-secretário do PSB, Carlos Siqueira.
Durante o evento Antônio Marinho, poeta pernambucano, emocionou os presentes com uma poesia dedicada aos dois homenageados da noite: Mandela e Haddad, duas personalidades de continentes diferentes, mas com lutas de objetivos semelhantes, a igualdade e o bem-estar social.
Confira abaixo o poema:
“Um traçou para a África nova meta
outro deu mais respeito pro Brasil
ambos vivos na terra da história
dois vetores do bem contra o hóstil
Um pra o negro foi um libertador
Outro foi um político espalhador
De decência e de mais seriedade
Em Mandela eu enxergo convivência
em Jamil pulsa a voz da coerência
e a nossa homenagem é de verdade”
Para o PSB, Nelson Mandela, é considerado um guerreiro na luta pela liberdade, foi o político com maior autoridade moral no continente Africano. Isso lhe permitiu desempenhar o papel de apaziguador de tensões e conflitos.
Principal transformador da história africana, Mandela foi um dos sujeitos mais importantes no processo de discriminação instaurado pelo Apartheid, na África do Sul, e se tornou um ícone internacional na defesa das causas humanitárias.
18 de Julho
A Assembleia-Geral da ONU decidiu, em 2009, reconhecer a contribuição fundamental de Mandela ao serviço da humanidade na resolução de conflitos, relações entre raças, promoção e proteção dos direitos humanos, reconciliação, igualdade entre os sexos e os direitos das crianças e de outros grupos vulneráveis.
Então no dia 18 de julho de todos os anos é comemorado o Dia Internacional de Nelson Mandela. Este ano é o quarto ano consecutivo em que se celebra a data, que tem o intuito de fortalecer a contribuição do ex-presidente sul-africano para a cultura da paz e da liberdade.
Mandela
“A educação é a mais poderosa arma pela qual se pode mudar o mundo.” (Nelson Mandela)
Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918 – 05 de dezembro de 2013) foi um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul (1994 a 1999). Principal representante do movimento antiapartheid, como ativista e transformador da história africana.
Em 1967, Mandela foi condenado à prisão perpétua, pena que cumpriu em uma ilha penitenciária na cidade do Cabo. Durante vinte e seis anos, ficou alheio ao mundo exterior e vivia o desafio de esperar pelo tempo em sua cela.
Como presidente do Congresso Nacional Africano (de julho de 1995 a dezembro de 1999) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1991 a junho de 2000), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. A vitória política lhe concedeu o prêmio Nobel da Paz.
Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Isabel II, e a Medalha presidencial da Liberdade de George W. Bush.
Em Junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Sua saúde sofreu abalos nos últimos anos e ele desejava aproveitar o tempo com a família. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.