O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, disse nesta terça-feira que a decisão sobre o apoio de seu partido na eleição para a Prefeitura de São Paulo será tomada pelo diretório municipal, sem interferência da direção nacional. “Vamos respeitar a dinâmica local. A direção nacional não vai atuar nesse processo, exceto se for solicitada”, afirmou o governador antes de fazer uma palestra para investidores e analistas do banco BTG Pactual, em um hotel de São Paulo.
Campos negou que tenha oferecido um vice do PSB para o candidato petista, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, como forma de facilitar a aliança com o PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que tem atuado em conjunto com o PSB em várias cidades.
“Não tive nenhuma conversa sobre esse quadro de São Paulo nos últimos dias. Tenho ficado em Pernambuco, isso é tudo especulação”, sustentou.
O convite, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo” desta terça, teria sido feito ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 23 de janeiro, quando o governador visitou o petista no hospital em que Lula realiza um tratamento contra um câncer de laringe.
Segundo o pernambucano, o cenário na cidade não está claro. “O quadro ainda está muito incerto. Os partidos estão vivendo um debate interno”, afirmou o governador, que manteve o posicionamento de que os diretórios municipal e estadual, que até então tendiam a apoiar o candidato do PSDB, decidirão por si que rumo tomar.
O apoio ao PSDB pode acompanhar também o movimento de Kassab, que já disse reiteradas vezes que tem um compromisso de apoiar o ex-governador José Serra (PSDB) para a prefeitura. O tucano resistia à ideia, mas, segundo foi divulgado nesta terça, teria autorizado o governador Geraldo Alckmin (PSDB) a buscar alianças para a sua candidatura.