Presidentes do PSB, PPS, PPL e porta-vozes da Rede Sustentabilidade decidiram nesta quarta-feira (9) realizar reuniões periódicas para avaliar o cenário nacional. Nesta manhã, as legendas entraram em consenso de que o governo Dilma se esgotou e que é preciso encontrar um caminho para o país.
“O consenso é que o governo se esgotou. Isso é inaceitável e vamos tratar de construir um novo polo político que governe o país e represente os interesses da nação”, disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira, após reunião na sede do partido com a porta-voz nacional da Rede, Marina Silva, o presidente do PPS, Roberto Freire, e o presidente do PPL, Sérgio Torres.
Os partidos estiveram juntos nas eleições de 2014 e vão continuar o diálogo em meio à discussão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e da ação que pede ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação da chapa encabeçada pelo PT e PMDB.
“A gente constituiu um campo político que apresentou o programa, que antecipou essa crise, que teve a coragem de falar a verdade para a sociedade brasileira. É justo que num momento em que a gente vê a ingovernabilidade com a crise política, a crise econômica, a crise social, que essas forças políticas conversem. Cada um tem seus tensionamentos, sua autonomia, mas é legítimo e desejável para que a gente possa manter o diálogo permanente”, disse Marina Silva.
“É um ótimo sinal de que a gente comece a discutir. As forças que lutaram contra esse governo na campanha voltam a discutir por algo em comum”, acrescentou Roberto Freire.
O presidente do PPL elogiou a iniciativa adotada pelos partidos no momento em que o Brasil sofre uma grave crise política e econômica. “É preciso encontrar a saída. E ela, por certo, não virá do bloco PSDB-DEM, precursor deste modelo econômico e político, que o PT lapidou com apoio bem mais do que decorativo do PMDB, e com o qual ambos estão destruindo o país”, disse Sérgio Rubens.
Beto Albuquerque, que foi candidato a vice na chapa da coligação, ressaltou que o consenso dos partidos vem desde 2014. “Lutamos para que esse governo não continuasse. No segundo turno, não votamos no que está aí porque sabíamos que a panela de pressão ia jogar a tampa para cima”, disse.
Também participaram da reunião Renato Casagrande, secretário-geral do PSB e presidente da Fundação João Mangabeira, Bazileu Margarido, porta-voz da Rede, e Pedro Ivo Xavier, coordenador de Organização do partido.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional