O PSB reelegeu dois governadores no segundo turno das eleições de 2022. A votação neste domingo (30) confirmou a vitória dos socialistas Renato Casagrande e João Azevêdo, no Espírito Santo e na Paraíba, respectivamente. Já o governador Carlos Brandão havia sido reconduzido em primeiro turno, no dia 2 de outubro, ao Palácio dos Leões, no Maranhão.
Com 99,77% das urnas apuradas, Casagrande obteve 1.168.742 de votos (53,79%%) e venceu o bolsonarista Carlos Manato (PL), que alcançou 1.004.809 votos (46,22%%). “É com muita alegria que recebo a decisão do povo capixaba que votou pela minha recondução ao cargo de Governador do Espírito Santo. Muito obrigado. Venceu a vida!”,comemorou Casagrande.
Casagrande venceu com o apoio de um amplo arco de alianças, que reuniu 11 partidos (MDB, PP, PROS, Podemos, PT, PC do B, PV, PSDB, Cidadania, PDT e Rede Sustentabilidade). O socialista afirma que incluirá novamente a educação entre as principais prioridades de sua gestão à frente do Estado.
O governador pretende criar 100 escolas de tempo integral e implantar cursos técnicos nessas escolas. Além disso, a ideia é criar uma linha de financiamento para os alunos que passarem pelo curso técnico poderem empreender.
A proposta de governo apresentada por Casagrande é dividida em cinco eixos: Estado + Justo, Estado + Sustentável, Estado + Desenvolvido Regionalmente, Estado + Inovador e Estado + Competitivo.
No discurso da vitória, Casagrande agradeceu o apoio dos eleitores e apoiadores, e frisou que o resultado das eleições é consequência do diálogo. “Esta união significa a capacidade que eu tive de liderar um projeto amplo que permitiu, nesse ambiente político polarizado e difícil no Estado, ganhar a eleição. Isso é uma demonstração clara daquilo que a gente quer fazer nos próximos quatro anos”, afirmou.
Na primeira metade do mandato, após as eleições de 2018, Casagrande enfrentou uma crise no minério capixaba com o rompimento da barragem de Brumadinho e as intensas chuvas no início de 2020, sobretudo no Sul do Espírito Santo, além da crise humanitária provocada pelo coronavírus. Mesmo diante deste cenário, o Estado passou a se destacar com desempenho econômico acima da média nacional. Soma-se a isso a conquista de resultados históricos em indicadores sociais que sinalizam a melhoria da qualidade de vida dos capixabas no período de 2019 a 2022.
Na Paraíba, João Azevêdo superou seu adversário com 1.212.133 dos votos válidos (52,38%). Pedro Cunha Lima alcançou 47,56% dos votos.
“É uma vitória coletiva. As pessoas que vieram até aqui nos ajudaram a chegar a esse momento. É um momento tão importante para a Paraíba e também para o Brasil. Foi uma vitória dupla, o Brasil disse sim, que nós queremos voltar a sonhar, junto com o presidente Lula para a gente reconstruir o país”, declarou o governador em entrevista coletiva após a confirmação da vitória.
João Azevêdo agradeceu o apoio de várias lideranças, entre deputados, prefeitos, a candidata a senadora, Pollyanna Dutra (PSB) e outros apoiadores. “Esse projeto construindo por muitas mãos”, disse.
O primeiro governo de Azevêdo ganhou destaque nacional por ter oferecido a maior cobertura e menor demora na implementação de ensino remoto para os alunos das Escolas Estaduais durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19.
Pesquisa realizada pela Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas, mostrou que a Paraíba foi o Estado mais bem avaliado em relação aos programas de educação pública à distância, alcançando eficiência de 6,0 pontos, número maior que o dobro da média nacional de 2,38.
Para a reeleição, Azevêdo contou com o apoio de 11 partidos(Agir,PP,Avante,PMN,PSD,Solidariedade,Pode,Republicanos,Patriota, Pros e Psol). As propostas de campanha do socialista estão voltadas para a valorização da Saúde, da Educação e no combate à fome.
No segundo governo, João Azevêdo pretende apostar em políticas de fortalecimento voltadas aos municípios e estabelecer um novo Ciclo de Políticas Públicas para a Paraíba, fundamentado no princípio democrático e na busca do desenvolvimento sustentado e das boas práticas na gestão pública.
Carlos Brandão foi reeleito no Maranhão em 1º turno, com 1.737.968 de votos válidos. Nos próximos quatro anos, o socialista vai dar continuidade às políticas sociais implementadas por seu governo e no de seu antecessor, Flávio Dino (eleito senador).
Brandão derrotou seu principal adversário com 51,14% dos votos válidos. Lahesio Bonfim (PSC) obteve apenas 25%.
Eleito em 2014 vice-governador na chapa de governo de Flávio Dino, Brandão participou ativamente dos dois mandatos do socialista à frente do Palácio dos Leões, sendo o responsável por projetos especiais. Liderou diversas missões internacionais, trazendo novos investimentos e novos negócios para o Estado. Em abril deste ano, Brandão assumiu o governo quando Dino renunciou para concorrer a uma vaga no Senado Federal.
Durante a pandemia, o governo do Maranhão ganhou destaque pela eficiente atuação no combate à pandemia de Covid-19. Brandão, em parceria com Dino, trabalhou ativamente e fez com que o Estado se tornasse referência e apresentasse a menor taxa de mortes por coronavírus do país.
“Tivemos muitos avanços na saúde, na educação, na infraestrutura, no social e na segurança alimentar, mas ainda precisa ser feito muito. E é para isso que quero ser governador e fui reeleito. Agradeço a confiança de todos os maranhenses e não tenham dúvidas que eu vou honrar cada um dos votos que nos foi dado, honrar todos os compromissos que nós assumimos durante a nossa campanha, nos nossos programas eleitorais, durante as palestras e nossos comícios”, afirmou logo após a confirmação da vitória no dia 2 de outubro.
A coligação encabeçada por Brandão reuniu os partidos MDB,PP,Patriota,Pode,Federação Brasil da Esperança – FE Brasil, Federação PSDB – Cidadania.
Veja breve resumo de cada perfil dos eleitos:
Renato Casagrande
Natural de Castelo (ES), Casagrande é engenheiro florestal e bacharel em Direito. Foi governador capixaba pela primeira vez em 2010, sendo eleito no primeiro turno com a maior votação para um governador na história política do Estado (82,3% dos votos). Em 2018, foi eleito novamente para o cargo. Antes de chegar ao Palácio Anchieta, Casagrande foi senador da República, deputado federal, vice-governador e deputado Estadual. Também já esteve à frente de cargos executivos como secretário de Estado de Agricultura, secretário municipal de Meio Ambiente da Serra e secretário municipal de Desenvolvimento Rural do município de Castelo.No Senado, Casagrande foi líder do PSB, partido ao qual é filiado desde 1987. Atualmente, é secretário-geral da Executiva Nacional, além de ter presidido a Fundação João Mangabeira entre os anos de 2015 e 2018.
João Azevêdo
João Azevêdo Lins Filho nasceu em João Pessoa (PB). É graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com pós-graduação em Metodologia do Ensino Ténico, e professor aposentado do Instituto Federal do estado (IFPB)., Nos anos 2000, Azevêdo foi secretário nas prefeituras de Bayeux e de João Pessoa, tendo assumido pastas como Planejamento e Habitação. No governo do Estado, antes de sua primeira eleição em 2018, foi secretário de Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, desde 2011. João Azevêdo também foi diretor, nos anos 1980, da Divisão de Planejamento Habitacional do Instituto de Previdência do Estado da Paraíba (Ipep), hoje, Paraíba Previdência (PBprev). Entrou para a política oficialmente em 2018, quando filiou-se ao PSB, e se candidatou a governador pela primeira vez.
Carlos Brandão
Nascido em Colinas (MA), Carlos Brandão é médico veterinário graduado pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Foi vice-governador nos dois mandatos de Flávio Dino (2015-2022). Já atuou como secretário de Articulação Política do Maranhão.
Ao longo da década de 1990, Brandão foi secretário de Estado por três vezes, ocupando cargos como o de secretário-chefe da Casa Civil e conhecendo de perto a gestão estadual.
Foi eleito deputado federal pelo Estado em 2006 e em 2010, tendo uma das melhores atuações do país no Parlamento, reconhecidas pela Revista Veja. Nesse período, criou a lei que estendeu a atuação da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) aos vales dos rios Mearim e Itapecuru, melhorou os indicadores sociais nas áreas da saúde, educação e geração de emprego e renda. Graças a esta inclusão, o valor investido na Codevasf, já em seu primeiro ano, cresceu de 30 milhões para 530 milhões de reais, beneficiando mais 150 municípios maranhenses.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional