“Eu tenho o vício da defesa da liberdade. Não escolho causas para defender alguém".
Evandro Lins e Silva (1912-2002)
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) saudou o centenário do jurista Evandro Lins e Silva, comemorado nesta quarta-feira (18). “Há nove anos o Brasil perdeu um advogado que se tornou referência de Justiça, de liberdade e de democracia”, lembrou o vice-presidente Nacional do PSB, Roberto Amaral.
Advogado, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, jornalista, escritor e político, Evandro Lins e Silva tem seu nome inscrito na história do País por sua marcante defesa dos direitos humanos e das liberdades. Natural de Parnaíba (PI), ele faleceu em 17 de dezembro de 2002.
Na década de 40, durante o Estado Novo, Evandro Lins e Silva passou a atuar na defesa de presos e perseguidos políticos. Defendeu, na época, mais de mil presos políticos. No período da ditadura militar, como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus que desagradaram aos militares. Diante da violência e do crime organizado, defendeu abertamente a descriminalização das drogas afirmando que "o tráfico acabaria em pouco tempo, e a violência que ele gera também". Aos 90 anos, perto de morrer, tomava aulas de computação com os netos e dizia, com sabedoria: "Viver é aprender".