O vice-presidente Nacional e coordenador de Relações Internacionais do PSB, Roberto Amaral, presidiu, nessa última segunda-feira (22), em Montevidéu – Uruguai, reunião da Coordenação Socialista Latino-Americana (CSL).
A reunião, realizada em torno do tema os “Partidos Socialistas, Relações Internacionais e Integração Regional”, foi aberta com uma palestra de Yeru Pardiñas, Secretário-Geral do Partido Socialista do Uruguai, partido anfitrião.
Em seguida, Amaral, que é secretário-geral da CSL, introduziu o tema de discussão e abriu espaço para que cada representante partidário fizesse breve relatório sobre seus países e partidos. Dentre outros, o Partido Socialista da Argentina expôs sobre a grave situação política e econômica do país e lembrou que seu partido apresentará candidatura à presidência nas eleições do próximo ano.
O Partido Socialista do Chile e o Partido da Revolução Democrática, do México, abordaram as reformas introduzidas em seus países. Para Felipe Jeldres, que assumirá a secretaria de Relações Internacionais do Partido Socialista do Chile, a falta de representatividade atinge os partidos políticos e o Congresso, instituições com menor legitimidade no país. Josefina Duarte, presidente do Partido Revolucionário Febrerista, do Paraguai, lembrou que seu país prossegue como um dos mais desiguais do mundo, e com um dos mais elevados índices de falta de respeito à mulher. Os uruguaios recordaram que as reformas substanciais realizadas pelo governo socialista resgataram a confiança da sociedade no governo e no povo.
Por parte do PSB, Lygia Di Moura, assessora da Coordenação de Relações Internacionais, ressaltou que dois temas centrais conformarão as discussões eleitorais neste ano no Brasil, a má prestação dos serviços públicos e a crise econômica. Reiterando a necessidade de mudança, clamada pelos brasileiros, afirmou que o PSB apresentou sua candidatura presidencial, encabeçada pelo ex-governador Eduardo Campos e presidente da sigla. Em consonância com os anseios de participação da sociedade brasileira, o partido vem formulando seu programa de governo de forma transparente e democrática, instituindo novas formas de diálogos e interação com os cidadãos brasileiros.
Terminados os relatórios, os partidos passaram a discutir o papel dos socialistas no processo de integração regional e sua atuação diante de um cenário internacional que enfrenta grave crise capitalista. A necessidade de se realizar autocrítica e fazer propostas ao processo de integração em processo na região, o tipo de integração que os socialistas almejam e a insurgência da extrema direita europeia foram alguns dos temas abordados.
Diante do argumento de que os socialistas estão perdendo espaço e de que suas bandeiras estão sendo enfraquecidas por uma direita cada vez mais atuante, Amaral rebateu lembrando a queda das ditaduras na região. “Hoje não há uma só ditadura na América Latina”, lembrou.
A próxima reunião da CSL será em La Paz – Bolívia, a realizar-se no âmbito do Foro de São Paulo, e terá por objetivo apresentar o calendário de atividades 2014/2015 e o Relatório Final sobre integração latino-americana e o papel das esquerdas.
Durante o evento em Montevidéu, o Movimento Libres del Sur, da Argentina, solicitou ingresso na CSL.