Rollemberg cobrou, novamente, mais esclarecimentos sobre o possível monitoramento do movimento sindical no porto de Suape, em Pernambuco, realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) cobrou esclarecimentos do governo sobre possível monitoramento do movimento sindical no porto de Suape, em Pernambuco, realizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
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Na semana passada, ao comentar matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre o tema, o parlamentar já havia dito que "não pode acreditar" que o governo esteja investigando reuniões do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com representantes dos trabalhadores portuários.
Em pronunciamento na semana passada, o senador comentou nova reportagem do periódico que afirma que documento sigiloso obtido pelo Estado confirmaria mobilização da Abin pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) para monitorar portuários e sindicatos contrários à Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos.
O senador observou que o chefe da GSI, General José Elito Carvalho disse na semana passada que a informação é mentirosa.
"Eu quero aqui manifestar a minha crença, a minha convicção de que o governo presidido pela presidente Dilma, que lutou pela construção da democracia no país, jamais admitiria algo como relata essa matéria. Esperamos que toda a ação do GSI e da Abin estejam nos estritos limites da legislação. É da maior importância o esclarecimento completo dessas informações para que não paire dúvida alguma", disse Rollemberg.
O senador ressaltou mais uma vez que as posições manifestadas por Eduardo Campos sobre a MP dos Portos são "públicas, cristalinas e transparentes". Rollemberg afirmou ainda que seria inadmissível que o governo utilizasse instrumentos de estado para atividades ilegais.
Em aparte, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) informou que vai protocolar requerimento para convocar diretores da Abin e o chefe da GSI para prestarem esclarecimentos aos senadores da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).