O câncer de mama, segundo tipo mais frequente no mundo, é o mais comum entre as mulheres. Somente em 2012, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), serão registrados mais de 50 mil novos casos deste tipo de tumor no Brasil. Se diagnosticado em fase inicial, os resultados do tratamento são satisfatórios. Ainda assim, alguns casos exigem a retirada parcial ou total da mama, a chamada mastectomia, que provoca sérios transtornos psicológicos.
Na tentativa de amenizar o sofrimento de milhares de mulheres, o deputado Alexandre Roso (PSB-RS) apresentou, na Câmara, Projeto de Lei (PL 3.442/2012) que assegura, nas unidades de saúde pública e complementar, a realização da cirurgia de reconstituição simultânea à retirada do tumor cancerígeno.
O procedimento não será realizado somente nos casos de contraindicação médica ou por falta de desejo da paciente. “O prontuário médico deverá conter os motivos que impediram a realização do procedimento cirúrgico“, complementa Roso.
O socialista lembra que, atualmente, a reconstrução mamária é assegurada às mulheres que passaram pela cirurgia de retirada de tumor, só que o procedimento é realizado isoladamente, em momento posterior. “Tal circunstância acaba submetendo a mulher à traumática convivência com a mutilação. Essa situação torna ainda mais difícil a reabilitação social. Além do abalo psíquico, há que se considerar que a reconstrução tardia exige procedimentos cirúrgicos diversos, estendendo o período de debilitação física da paciente”, defende Roso.