Um marco fundamental na luta pela pesquisa e inovação no Brasil foi instituído nesta terça-feira (4), na Câmara dos Deputados. Trata-se da Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação, que vai lutar pela aprovação do Código Nacional da área – há duas versões em tramitação no Congresso, uma na Câmara e outra no Senado. Na Câmara, a proposta (Projeto de Lei 2177/11) aguarda criação de uma comissão especial para ser analisada.
“A frente se debruçará sobre o assunto, reunindo e enxugando as melhores ideias, para, inclusive, subsidiar a produção de um relatório final”, resumiu o deputado Izalci (PSDB-DF), que vai presidir o grupo.
Já o deputado Ariosto Holanda (PSB-CE), que também esteve presente no evento e vai compor a Frente Parlamentar, o maior desafio será fazer a ciência e a tecnologia contemplarem regiões mais pobres do Brasil. “Fazer centros de pesquisa para ricos é fácil. Queremos diminuir a distância do Brasil que está em 7º lugar na economia do mundo para o Brasil que está em 84º no índice de desenvolvimento humano. Temos os melhores caminhos para fazer essa diminuição”, explicou o socialista.
De modo suprapartidário, o objetivo geral é contribuir para o fortalecimento do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação com vistas ao aumento da competitividade do País, frente ao cenário global e ao seu desenvolvimento sustentável. “Temos que discutir, sobretudo, a questão da transferência de conhecimento e focar sobre as micro e pequenas empresas. Inovação é uma palavra relativa, inovar no ‘centro-sul’ é tecnologia de ponta, no ‘norte-nordeste’ é levar conhecimento que está armazenado nas universidades, Embrapa e outras instituições”, concluiu Ariosto.
O lançamento da Frente também contou com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.