O deputado federal José Stédile (PSB-RS) lançou, nesta quarta-feira (24), a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Aeronáutica e Espacial. Stédile será presidente e o deputado federal Flavinho (PSB-SP) será o vice-presidente do grupo.
A Frente tem o objetivo de estimular, defender e proteger os interesses tecnológicos, econômicos e sociais das indústrias aeronáutica e espacial sediadas no Brasil. O grupo também vai trabalhar pelo aperfeiçoamento da legislação referente a ciência e tecnologia, além de acompanhar a política oficial de apoio à indústria aeronáutica e espacial brasileiras.
Para Stédile, a indústria aeronáutica brasileira sempre foi referência e motivo de orgulho para a nação por causa do avanço tecnológico e pela produção. No entanto, passa por um momento de dificuldades. “São graves problemas a enfrentar, como a renovação das concessões tributárias, a valorização aeroespacial e a desoneração da folha”, disse.
De acordo com o socialista, a Frente foi criada com o intuito de fortalecer a indústria aeronáutica e espacial. “Esse setor é exemplo para a nação, exporta tecnologia, produtos já trabalhados. Então o Brasil precisa muito da indústria aeronáutica e espacial”, afirmou.
Vice-presidente da Frente, o deputado Flavinho (PSB-SP) é da região de São José dos Campos, o maior polo da indústria aeroespacial do País. Segundo o parlamentar, o estado de São Paulo concentra 99 das 136 empresas do setor.
Ele disse estar honrado de poder defender não só uma questão de empresas que trabalham para que a tecnologia possa ser alavancada, mas também as Forças Armadas, que desenvolvem as tecnologias. “As Forças Armadas desenvolvem essas tecnologias em defesa do nosso país e depois elas são transformadas também em produtos e atingem a população de uma forma muito positiva”, disse.
O setor de aeronáutica, segundo a secretária executiva do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT), Emília Cury, é de importância enorme para o país. Ela disse que o Ministério está atento ao setor e citou o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) como exemplo que precisa de apoio do governo. “Tem os projetos de lançamento de satélite, que estão em iniciação. Então, precisamos do apoio da Frente e da inteligência, não só de pesquisadores, mas de políticos também”, explicou.
Para o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, a Frente foi criada pela ânsia para desenvolvimento do País e, certamente, pela fragilidade em que se encontra esse setor. “Apesar de ser um setor privado, setor industrial, essa área precisa ter um cuidado especial do setor público”, destacou.
Flavinho contou que a ideia da Frente é defender a inovação tecnológica e que o país dê um salto em tecnologia. “Assim, a população, que é a ponta de tudo isso, pode receber ainda mais serviços com qualidade, como por exemplo, na área de saúde e tantas outras que possam ser alcançadas pelo desenvolvimento tecnológico.”
Os deputados socialistas Paulo Foletto (ES) e Leopoldo Meyer (PR) também participaram do evento.