O presidente do PSB Nacional e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, declarou nesta terça-feira (4), em Brasília, durante o lançamento das Diretrizes para elaboração do Programa de Governo do PSB-REDE, que o documento apresentado e toda a mobilização em torno dessa aliança, respondem ao “desejo de mudança”, da sociedade brasileira.
O governador concedeu entrevista coletiva, ainda na Câmara dos Deputados, para falar dos eixos centrais programáticos da aliança PSB-REDE e expôs suas preocupações quanto ao jeito de fazer política, quando questionado por jornalistas sobre espaço menor nas propagandas partidárias gratuitas: “Às vezes, vemos gente com muito tempo de televisão sem ter o que dizer; nós temos muito que dizer e pouco tempo de TV, mas vamos usar da sabedoria para enfrentar esse pretenso gargalo e vencê-lo com a força da militância e, sobretudo, com o desejo extraordinário que está no seio da sociedade brasileira, que é o desejo de mudança”.
Eduardo explicou que as diretrizes para elaboração do Programa de Governo seguem esse anseio, “mostrando porque o Brasil precisa ser governado de outra forma”. “Nós precisamos proteger as conquistas que o Brasil teve nos últimos anos. Embalar novas conquistas. E só conseguiremos, se tivermos a coragem de mudar a política”, destacou o socialista. “Esse conjunto político que hoje comanda o País – a despeito de que nele há pessoas que respeitamos muito – não consegue mais nada de inovador, de colocar na pauta algo que a sociedade brasileira reclama”, emendou o governador.
Para Eduardo Campos e para a líder da REDE Sustentabilidade, ex-senadora Marina Silva, a aliança entre as duas siglas, agora também encampada pelo Partido Popular Socialista (PPS), reflete esse desejo de mudança, com a abertura democrática, que são características históricas de suas principais lideranças partidárias. “Para fazer algo de novo, que se aproxime da sociedade, que defenda as conquistas de ontem e que afirmem outras, é preciso um novo pacto político e é isso que estamos nos propondo a fazer”, defendeu o governador. “De aliança programática, estamos chegando à aliança eleitoral”, refletiu Marina.
O governador Eduardo Campos defende essa mescla de novas fórmulas e passado coerente, para provar seriedade e retomar a dignidade da classe política, que ele entende ter se “degradado”, por conta de maus governantes. “Tem aqueles que carregam na consciência o dever de lutar e lutar sempre pelas grandes causas. De se rebelar, quando é hora de se rebelar: contra as injustiças que ainda marcam a cena brasileira; contra o paternalismo que ainda afronta a consciência brasileira; contra a política que degrada a atividade mais nobre de uma sociedade que é a atividade política; e contra esse estado de letargia que nos incomodava”, declarou Eduardo, assinalando para a virada histórica promovida pela sociedade, com os movimentos populares ocorridos em junho do ano passado.