A corrente do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), braço sindical do PSB, vai participar intensamente do Dia Nacionalde Luta com Greves e Mobilizações, que as centrais sindicais de todo país, inclusive a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), convocaram para a próxima quinta-feira (11). Segundo o secretário Nacional sindical do PSB, Joílson Cardoso, 77 organizações e movimentos sociais de todo o país se reuniram no último dia 25 em São Paulo para confirmar e organizar sua participação nas greves e mobilizações convocadas pelas centrais sindicais, que acontecerão em todos os estados.
“A SSB está participando da direção e organização desse processo, por meio de seus dirigentes nos estados”, informa Joílson Cardoso, adiantando que a direção nacional do movimento irá se concentrar em São Paulo. “Vamos fechar a Avenida Paulista a partir do meio-dia, com concentração em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em Brasília, a concentração será a partir das 9 horas em frente ao Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios, comandada pelo coordenador nacional da SSB e vice-presidente do PSB/DF, Francisco das Chagas”.
De acordo com Joílson Cardoso, também secretário Nacional de política sindical da CTB, que representa os socialistas e os comunistas, a manifestação do dia 11 ganha uma característica diferente e muito especial com a participação dos movimentos sociais. “Estamos recebendo a adesão de movimentos de todas as áreas – mulheres, negros, juventude, LGBT e popular –, de todos os partidos e mesmo dos que não têm vinculação partidária”, revela ele. “A SSB quer especialmente que todos os movimentos sociais do PSB se juntem a nós para uma grande manifestação nacional. Os movimentos sociais têm muito a ver com as reivindicações das centrais sindicais”.
O objetivo do Dia Nacionalde Luta com Greves e Mobilizações é reforçar a pressão dos trabalhadores para que seja retomada a pauta trabalhista que está parada no Congresso Nacional e também na Presidência da República.
A pauta básica reivindica:
– Fim do Fator Previdenciário
– Destinação de 10% do PIB para a Saúde
– Destinação de 10% do PIB para a Educação
– Redução da Jornada de Trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários
– Valorização das Aposentadorias
– Transporte público e de qualidade
– Reforma Agrária
– Mudanças nos Leilões de Petróleo
– Rechaço ao PL 4330, sobre Terceirização no trabalho.
Propostas incluídas pelos movimentos sociais:
– Reforma política e realização de plebiscito popular
– Reforma urbana
– Democratização dos meios de comunicação.
Segundo o secretário Nacional sindical do PSB, além das manifestações nas ruas, milhões de profissionais de setores estratégicos, como o metalúrgico, o de petróleo, o de transportes e o serviço público, prometem cruzar os braços em pelo menos 14 estados. Aos menos três portos — Santos (SP), Paranaguá (PR) e Suape (PE) — devem ter o funcionamento afetado, assim como várias rodovias, sobretudo em São Paulo, podem ter o tráfego interrompido.
Inicialmente, as paralisações serão de apenas 24 horas. No setor privado, confirmaram adesão à mobilização os metalúrgicos, bancários, petroleiros, químicos, trabalhadores do comércio e funcionários da construção pesada que atuam em grandes obras, como as dos aeroportos.
“Importante registrar que esse movimento do dia 11 não é contra e muito menos a favor do Governo – estamos a favor é de melhores condições e direitos para a classe trabalhadora. A nossa luta é pelas reformas estruturais no país que irão permitir isso”, conclui Joílson Cardoso.