É o que mostra o relatório da Oxfam “O Vírus da Desigualdade”, segundo o qual as 1 mil pessoas mais ricas do mundo recuperaram todas as perdas que tiveram durante a pandemia do vírus em apenas nove meses (entre fevereiro e novembro de 2020).Enquanto isso, os mais pobres do planeta vão levar pelo menos 14 anos para conseguir repor as perdas devido ao impacto econômico da pandemia.
O Covid-19 matou mais de dois milhões de pessoas pelo mundo e tirou emprego e renda de milhões de pessoas, empurrando-as para a pobreza e miséria. Enquanto isso, os mais ricos estão prosperando como nunca.Em fevereiro de 2020, os mais ricos tinham 100% de suas fortunas. Em março, essa riqueza caiu para 70,3%, voltando aos 100% em novembro.
A crise provocada pela pandemia expôs a fragilidade coletiva da sociedade e a incapacidade da economia profundamente desigual de trabalhar para todos. Também mostrou a grande importância das ações governamentais para proteger a saúde e os meios de subsistência dos mais vulneráveis.Políticas transformadoras que pareciam impensáveis antes da crise passaram a se mostrar de fundamental necessidade. Nesse sentido, empresas, governos e instituições devem agir com base na urgência de criar um mundo mais igualitário e sustentável, conclui a Oxfam.
O relatório da organização detalha como o atual sistema econômico está permitindo que a elite dos super-ricos acumule riqueza em meio à pior recessão global desde a crise de 1929 (a Grande Depressão) enquanto bilhões de pessoas lutam para sobreviver.
Com informações da Oxfam Brasil