
Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) enviou um ofício à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo cobrando o planejamento de ações contra a droga K9, uma nova substância sintética vendida em forma de pó branco ou comprimidos que causa efeitos devastadores no corpo humano. Os entorpecentes são responsáveis por provocar o chamado “efeito zumbi”.
No documento, endereçado ao secretário municipal de Saúde Luiz Carlos Zamarco, a deputada questiona quais ações a pasta realizou nos últimos dois meses para mitigar os efeitos da proliferação das drogas K; os locais e as datas das mortes provocadas pela substância; e se as vítimas fatais chegaram a recorrer à rede municipal para a algum tipo de tratamento.
A parlamentar cobra a Prefeitura de São Paulo a conclusão do Plano de Ação sobre Drogas Emergentes, ainda em fase de elaboração, questiona quais são as ações que o compõem e ainda se existe previsão de ações em escolas. “Tendo em vista a gravidade do problema, caso ainda não haja, solicito que a SMS [Secretaria Municipal de Saúde] elabore com urgência um plano de ação que garanta a segurança e saúde dos jovens afetados pelo consumo de drogas emergentes na cidade de São Paulo”, afirma.
O documento foi enviado em meio às investigações sobre sete mortes suspeitas relacionadas com o K9. A deputada já havia questionado a secretaria municipal em outras duas ocasiões, em abril e maio deste ano.
“Cobrei da @prefsp por um Plano de Ação sobre as drogas K! 7 mortes estão sendo investigadas. Em apenas um mês, mais de 500 suspeitas de intoxicação! Precisamos de ações concretas e garantir a segurança e a saúde dos afetados pelo consumo das drogas, que são em sua maioria crianças”, escreveu a deputada nas redes sociais.
As chamadas drogas K (K2, K4, K9 e spice) é um tipo de canabioide sintético que têm alto potencial lesivo para quem usa e podem levar à morte. Segundo especialistas, elas possuem cem vezes o efeito da maconha, têm baixo custo e amplo acesso. No Brasil, ainda há dificuldade de determinar, por meio de laudos laboratoriais, a presença desse tipo de entorpecente, em tempo real, no organismo.