Incluir obrigatoriamente abordagens femininas nos conteúdos curriculares do Ensino Fundamental e Médio como forma de modificar o sistema educacional e combater estereótipos é o que propõe a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) no projeto de lei 557/2020. A proposta já foi aprovada na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado e segue agora para debate na Comissão de Educação (CE).
Segundo o projeto, as abordagens a serem incluídas nos currículos escolares devem tratar de aspectos da história, da ciência, da arte e da cultura do Brasil e do mundo para resgatar as contribuições, as vivências e as conquistas de mulheres nas áreas científica, social, artística, cultural, econômica e política.
O projeto também propõe a criação da Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História, que será uma campanha anual durante a segunda semana do mês de março nas escolas de educação básica.
Tabata argumenta que as mulheres têm baixa representação no mundo científico em razão do preconceito e do desencorajamento quanto aos lugares que podem ocupar, apesar de demonstrarem excelente desempenho escolar.
“Nesse sentido, o projeto visa combater uma falaciosa cultura machista e fomentar nas meninas a possibilidade de se tornarem cientistas ou lideranças políticas, e, nos meninos, maior respeito pelas mulheres”, destaca.
Segundo informações do texto, pesquisas recentes revelam que, aproximadamente, 84,1% das meninas brasileiras entrevistadas, de 14 a 19 anos, não se sentem representadas nos espaços institucionais e que as mulheres têm mais chances de abandonarem seus estudos relacionados às áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática do que os homens.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional com informações da Agência Senado