Indicadores apresentados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) durante audiência pública na última terça-feira (28) confirmam a falta de informatização do sistema nos diversos eixos da saúde – reflexo de poucos investimentos e da ineficácia na gestão das tecnologias de informação. A reunião foi proposta pela Subcomissão Especial da Câmara, destinada a discutir a Informatização da Saúde Pública no Brasil.
O presidente da Subcomissão, deputado federal Alexandre Roso (PSB-RS), acredita que a deficiência na informatização compromete a eficácia do trabalho na área da saúde pública. “Estamos numa área praticamente não informatizada, basta olhar a quantidade de sistemas existentes. Não possuímos nem mesmo um prontuário eletrônico que individualize o paciente. Estamos engatinhando nesta questão, as informações do sistema não estão integradas”, critica Roso.
De acordo com os dados divulgados, o Ministério da Saúde investe menos de 1% do seu orçamento na informatização da saúde pública brasileira. Segundo o diretor da Secretaria de Controle Externo da Saúde do TCU, Daniel Jezini Netto, a falta de gestão sobre a tecnologia da informação tem dificultado até mesmo avaliar se os investimentos são correspondentes às demandas.
O TCU também apontou problemas relacionados ao Cartão SUS, a inviabilidade em alguns municípios e a falta de tecnologia para armazenar dados.
Trabalho da Subcomissão
Os deputados Alexandre Roso (PSB-RS) e Mandetta (DEM-MS), presidente e relator da subcomissão, respectivamente, solicitaram informações complementares sobre o Cartão SUS, que será o referencial para o início do plano de trabalho do colegiado.
A avaliação do Plano Nacional de Informação e Informática em Saúde, que propõe transparência e segurança das informações, suporte da informação por tomada de decisão e interoperabilidade dos sistemas de informação, também está na pauta da subcomissão.