A pedido do ex-deputado federal, Elias Vaz (PSB-GO), o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a realização de um ‘pente-fino’ nos gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro na última viagem que ele fez ainda na presidência da República. Às vésperas do fim do mandato, Bolsonaro deixou o país e viajou aos Estados Unidos para fugir da responsabilidade de participar da transmissão do cargo para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
O deputado ressaltou, ainda, que a representação considera que a viagem “chama atenção, primeiro, por ter sido realizada menos de 48 horas antes do encerramento de seu mandato”, e, segundo, pela ausência de justificativa de interesse público.A auditora Valéria Galgariny de Magalhães Melo solicitou uma série de informações sobre a viagem para apurar possíveis irregularidades no uso de dinheiro público para o deslocamento presidencial. Segundo ela, “é inegável que os custos dessas viagens são elevados, pois englobam os custos do avião da Força Aérea Brasileira (FAB), as taxas aeroportuárias, comidas e bebidas dentro do avião, as equipes de apoio e segurança, diárias, hospedagens, transporte terrestre e outras despesas inerentes à viagem”, escreveu em seu relatório.
No pedido, a auditora pede à Casa Civil o envio da relação dos servidores que integraram o escalão avançado e relação das comitivas, cotações de preços para prestação de serviços aeroportuários e de comissária aérea e para aquisição de alimentação; lista nominal dos efetivos que foram atendidos com alimentação; relatório das despesas realizadas; faturas do cartão de pagamento do governo federal referentes aos meses que abrangem gastos associados a despesas realizadas na viagem; entre outros.