
Socialistas se reúnem no Congresso Estadual do PSB-RS. Foto: André Padilha
Na abertura do Congresso Estadual do PSB no Rio Grande do Sul, neste sábado (2), o presidente nacional, Carlos Siqueira, defendeu a unidade do partido como instituição na luta por políticas públicas em favor da maioria da população no momento em que o Brasil passa por uma “deterioração enorme e desastrosa”.
“Como presidente do partido quero pregar a unidade no plano nacional, mas não a unidade de pessoas apenas, mas a unidade política porque o que interessa à sociedade brasileira é que o PSB diga a que veio, de que lado está, que setores da sociedade pretende defender, que políticas públicas quer propor, que ideias vai seguir e eu sei que será o ideário nascido em 1947, que acabou de cumprir 70 anos, mas que continua absolutamente contemporâneo”, afirmou no evento em Porto Alegre.
Com a presença de deputados, prefeitos, vereadores, militantes e representantes dos segmentos sociais, os 741 delegados do Congresso elegeram o diretório estadual para o triênio 2017-2020 na proporção de 61% a 39% dos votos conquistados, respectivamente, pela chapa liderada pelo deputado federal José Stédile, e pelo atual presidente do PSB no estado, Beto Albuquerque. A Executiva Estadual será definida em reunião do diretório a ser marcada.

Chapa liderada pelo deputado federal José Stédile é eleita para assumir o diretório estadual. Foto: André Padilha
Siqueira destacou que o posicionamento político e ideológico do PSB permanece o mesmo ao longo de 70 anos de existência e, por isso, o partido nunca precisou alterar seu nome. “O partido socialista não precisa disso. O PSB nasceu com um ideário e com uma visão programática que não ultrapassa apenas as décadas, mas ultrapassará os séculos porque os nossos objetivos são suficientemente amplos, profundos e estamos crescendo gradativamente em experiência política nos municípios e nos estados para que um dia possamos chegar à Presidência da República”, pontuou.
Alcançar esse objetivo, continuou o socialista, deverá ser com uma liderança que possa capitanear o sentimento de toda a sociedade brasileira por mudanças que sejam capazes de perdurar no tempo, promovendo e assegurando direitos na Constituição e nas leis da República, além de não ser uma luta do “poder pelo poder”. “Nós não queremos chegar à presidência para decepcionar os brasileiros como estão hoje com o país, para entregar o governo ao próximo partido com uma crise monumental como se fez recentemente”, esclareceu. O presidente concordou que as políticas públicas precisam ser adaptadas às circunstâncias da vida nacional atual, mas ressaltou que a unidade do PSB como uma das instituições partidárias mais antigas no Brasil precisa prevalecer.
Para o presidente, os militantes precisam também estar vinculados à ética socialista, que considera a “liberdade e a igualdade como almas gêmeas”, e defender essa causa. Ele afirma que liberdade e democracia sem igualdade é uma ilusão que só serve aos liberais e ao poder econômico que eles representam. “A nós só serve a liberdade igualando as pessoas em direitos e oportunidades, que amplia e inclui as pessoas na sociedade e nos frutos do desenvolvimento econômico, político e social do nosso país”.

Auditório Dante Barone, da Assembleia Legislativa do RS, lotado de militantes socialistas. Foto: André Padilha
Foram eleitos ainda os secretários dos segmentos organizados do partido (Juventude, LGBT, Negritude, Mulheres, Sindicalistas e Movimento Popular) e definidos os delegados que participarão do XIV Congresso Nacional do PSB, que será realizado entre os dias 12 e 14 de outubro, em Brasília.
Siqueira convocou os militantes a participarem do Congresso Nacional do partido. “Peço a contribuição de vocês pois o Congresso encerrará as celebrações dos 70 anos de fundação do nosso partido e apontará os rumos para o futuro”, solicitou.
O presidente elogiou as lideranças partidárias e militantes do PSB-RS que lotaram o teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, representando o crescimento do partido no estado. Também estiveram presentes no evento os secretários nacionais socialistas da Juventude, Tony Sechi, de Mulheres, Dora Pires, e do movimento LGBT, Otávio Oliveira, além do secretário estadual LGBT de Alagoas, Douglas Alves.
“Olho para esse plenário e me alegro em ver caras novas porque significa que o partido cresceu e que o partido expressa uma parcela significativa da população gaúcha nesse estado e em tantos outros lugares que ele tem alcançado esse êxito”, comemorou.
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Assessoria de Comunicação/PSB Nacional