Eduardo Campos, candidato à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, defendeu nesta quarta-feira (30), durante encontro promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com os presidenciáveis, que o país adote uma nova governança, que não seja a que vigora hoje, “patrimonialista, fisiologista, atrasada, que tem uma cabeça no século 19 ou na Velha República”.
“Nós precisamos compreender que a solução, antes de ser na economia, é na política. O presidencialismo de coalizão não vai levar o Brasil para um bom lugar, só vai levar o Brasil para trás”, afirmou aos empresários na sede da CNI, em Brasília. “E eu tenho a confiança de dizer aos empreendedores brasileiros que eu e a Marina [Silva] representamos a única possibilidade de quebrar o presidencialismo de coalizão e unir o Brasil em torno de uma nova visão de desenvolvimento e de governança”, disse.
“O novo padrão político que se exige é um software que compreenda o que acontece no mundo e que também compreenda que, para o Brasil legar um ambiente seguro para investir, que anime os investidores, precisamos de uma governança assegurada por outra lógica política”, afirmou aos empresários na sede da CNI, em Brasília.
Entre outros pontos, Eduardo disse em seu discurso que a produtividade é uma agenda que precisa ser comandada pelo próprio presidente da República, tarefa que assumirá a partir de 1º de janeiro. Defendeu a necessidade de que haja “políticas de Estado para a inovação” e para que o Brasil volte a avançar em pesquisa e desenvolvimento.
Declarou ser fundamental aumentar os investimentos em infraestrutura no Brasil. Lembrou que, desde 2002, os investimentos em infraestrutura pública e privada não passam de 2,5% do PIB. “Nós precisamos alavancar isso para algo entre 3,5% e 5%”, defendeu. Para isso, é importante que não se tenha preconceito com o lucro, porque isso “mata o investimento”.
O ex-governador prometeu enviar projeto de reforma tributária na primeira semana de seu governo e assumiu um compromisso: “Serei o primeiro presidente da República do ciclo democrático que não vai aumentar a carga tributária neste país”, Eduardo disse ainda ser fundamental que a educação deixe de ser “só peça de retórica” e passe a ser encarada como um “desafio central” da vida brasileira.
Ouça a íntegra do discurso de Eduardo Campos: http://bit.ly/1zvmCsR