A política de defesa brasileira é de extrema importância para a manutenção da soberania. Este foi o tema do Seminário Política de Defesa e Projeto Nacional de Desenvolvimento, que aconteceu nesta segunda-feira (4), na Câmara dos Deputados. O objetivo do evento serviu para aprofundar as discussões sobre as distintas políticas para várias áreas de defesa no Brasil, como a Nuclear, a Cibernética e a Aeroespacial.
O cientista político e vice-presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Roberto Amaral, esteve presente na reunião e discursou sobre tema. “É dramático a fragilidade de nossas forças armadas, mas também é impossível pensar em políticas de defesa limitando-se ao ponto de vista militar. Essa política se fundamenta, antes de tudo, em elementos culturais e ideológicos e depende da adesão da cidadania”, disse.
Amaral lembrou ainda do programa espacial brasileiro e destacou sua contribuição para a economia e as tarefas de defesa. “Este é um dos principais desafios estratégicos do século, em face do papel desempenhado pelo sistema satelital na vida moderna”, explicou.
Atualmente, todas as grandes potências e as que têm expectativas de se tornar uma nos próximos 50 anos, dispõe de programa espacial avançado. “O Brasil é a teimosa exceção. Não basta identificar os melhores parceiros para transferência de tecnologia. Se não tivermos capacidade de lançar, de solo brasileiro, com foguete brasileiro, nossos satélites, não teremos condições de garantir a soberania de nosso país”, exemplificou o vice-presidente do PSB. O Seminário também contou com a presença do presidente da Fundação João Mangabeira (PSB), Carlos Siqueira.
Estratégia Nacional de Defesa
O Decreto nº 6.703/2008 que aprova a Estratégia Nacional de Defesa é de grande interesse em todos os setores da sociedade brasileira. Por ser um país pacífico por tradição e convicção, o Brasil rege suas relações internacionais pelos princípios constitucionais da não intervenção, manutenção da paz e solução pacífica dos conflitos.
Porém, se o Brasil quiser ocupar o lugar que lhe cabe no mundo, precisará estar preparado para defender-se não somente das agressões, mas também das ameaças. “As Forças Armadas, aptas no ponto de vista tecnológico deverão ser concedidas a partir da vontade nacional em sua missão do projeto estratégico coletivo. Os valores nacionais são oferecidos pela sua formação de seu país, cultura e história”, concluiu Roberto Amaral.
A estratégia nacional de defesa e seus documentos decorrentes serão complementados por anexos, que por sua vez, formularão planos para diversas hipóteses de emprego das forças armadas. Eles serão elaborados sob a direção do ministro da Defesa, pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e pelos Estados-Maiores das Três Forças.