A deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), o ex-governador de São Paulo e candidato a senador, Márcio França (PSB-SP) e o advogado criminalista, integrante do grupo Prerrogativas e candidato a deputado federal Augusto Botelho (PSB-SP), estavam presentes no evento na capital paulista.
A primeira parte do ato foi no Salão Nobre, para a leitura do manifesto da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que teve apoio de cerca de cem instituições. Depois, os participantes foram até o Pátio das Arcadas, para a leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, organizada pela Faculdade de Direito e que reuniu mais de 900 mil assinaturas até a manhã de hoje.
Márcio França afirmou que a democracia é uma conquista e precisa ser defendida.
“Estas eleições já têm vencedores: a manutenção do Estado de Direito, a confiança no processo eleitoral, o povo brasileiro!. Ele [Bolsonaro] acabou despertando a sensação de que poderia não ter democracia, além da desconfiança das urnas”, afirmou França à Carta Capital.
Atos pela democracia ocorreram em outras 50 cidades brasileiras de todos os Estados e no Distrito Federal, a maioria em faculdades de Direito de universidades públicas e privadas. A manifestação se estendeu ao exterior, em Amsterdã, e cidades dos Estados Unidos, como Nova York.
Para Botelho, há sinais evidentes de risco institucional. “Persiste a narrativa de fraude no sistema eleitoral, basta ver o noticiário sobre o encontro de hackers com autoridades da campanha do presidente Jair Bolsonaro”. Botelho se referiu à reunião de Walter Delgatti Neto, investigado por violar sigilo temático dos integrantes da Operação Lava-Jato com a cúpula da campanha de reeleição, noticiado pela revista “Veja”.
Segundo levantamento feito por articuladores do documento e do site Estado de Direito Sempre!, que coleta as assinaturas, 8.281 policiais e 1.894 militares aderiram ao manifesto. A coluna Painel da Folha de São Paulo mostrou também que, até terça-feira (9), havia entre os subscritos 129.965 professores, 20.418 empresários, 871 pastores, 467 padres e 207 empregados domésticos. Para os articuladores da carta, os dados mostram que o movimento está longe de ser elitista.
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