O vice-presidente de Relações Institucionais do PSB e secretário de Economia Verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rodrigo Rollemberg, comandou o grupo temático “Economia Verde – Desenvolvimento Sustentável e Amazônia 4.0” no segundo dia do XVI Congresso Nacional do partido.
Os socialistas presentes debateram sobre o assunto e sugeriram propostas a serem levadas para votação na Sessão Plenária que será realizada no domingo (1º). Os destaques aprovados vão atualizar o programa partidário.
“Temos um conjunto de propostas a serem levadas para a Plenária como, por exemplo, incentivar a criação, ampliação e a instalação de unidades de conservação, o zoneamento ecológico e econômico dos biomas, a promoção do turismo ecológico aproveitando os diversos biomas brasileiros, a aceleração e fortalecimento do cadastro ambiental rural, além de moções”, explicou Rollemberg.
Além disso, outra sugestão foi o estímulo às prefeituras sob a gestão do PSB a terem políticas de selo verde ou equivalentes de estímulo à economia verde nos municípios.
Já no quesito da Amazônia, propostas como investimentos públicos e parcerias com a iniciativa privativa, tanto em âmbito nacional quanto internacional, a formação de massa crítica com ampliação significativa dos recursos de pesquisa e desenvolvimento destinados à região, com políticas de formação de mestrado e doutorado e programas de inteligência que proporcionem trabalho intelectual nas universidades e centros de pesquisa da Amazônia, entre outras.
O deputado estadual e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (PSB-RJ), criticou o negacionismo ambiental vivido no governo Bolsonaro. “Durante os quatro anos do governo do Bolsovírus, eu o chamo assim porque ele era o maior aliado do Covid, ele tentava criminalizar o Ibama dizendo que era uma fábrica de multas e parou a execução dos recursos do Fundo Amazônico. Então acho que o direcionamento para proteção e criação de empregos na Amazônia é muito bom”, defendeu.
Minc também defendeu a criação de planos de reconstrução de corredores de biodiversidade em todos os biomas. “Por meio de um plano, você identifica as nascentes, identifica as matas ciliares, os topos, e vai fazendo a integração através do que chamamos de corredores de biodiversidade. Quer dizer, pequenas manchinhas de verde não dão grande sustentação. Mas quando você cria unidades de conservação ou faz programas de reflorestamento, usando até recursos do Fundo do Clima e do Fundo Amazônia, e vai integrando os corredores de biodiversidade, o ganho para a proteção das águas, para a proteção da biodiversidade e para ampliar o verde que capta as emissões é muito interessante”, explicou.
O ex-senador João Capiberibe lamentou que o Brasil não saiba o que fazer com a Amazônia. “Ela representa um pouco mais de 50% do território nacional e nós não desprezamos a metade do nosso patrimônio como o Brasil despreza o seu próprio. A riqueza da Amazônia não está somente no subsolo, ou na sua costa oceânica, mas sim na sua biodiversidade”, disse.
“Nós precisamos entender o que é a Amazônia, é possível sim produzir riqueza e muito rapidamente. Nossa ignorância é tão grande, infelizmente. Há vários centros de pesquisa excelentes na Amazônia, o problema é que existe um hiato entre os centros de pesquisa e aqueles que tomam decisões. As políticas públicas para a Amazônia precisam ser integradas, lá não vale cada um cuidar de si, tem que haver integração entre governo federal, Estados e municípios caminhando na mesma direção”, criticou.
Confira as fotos do evento no Flickr do PSB Nacional:
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional