O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o pré-candidato a vice-presidência da república, Geraldo Alckmin (PSB-SP), participaram na manhã desta terça-feira (21) da apresentação da versão final das diretrizes para o programa de governo da chapa composta pelo ex-governador e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O documento, chamado “Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil 2023-2026”, foi lançado em São Paulo, junto com uma plataforma virtual que permitirá à população o envio de sugestões e a realização de debates sobre as propostas e amplia o esboço que foi enviado aos partidos da coligação no dia 6 de junho.
Além de PT e PSB, o evento contou com representantes de todos os outros partidos que compõem a coligação (PCdoB, PV, Rede, PSOL e Solidariedade).
Para Siqueira, a união de diversos partidos progressistas e a construção de um programa conjunto é essencial para enfrentar “a eleição mais importante da vida das gerações aqui presentes”.
“Essa unidade, esse cimento, fez com que produzissemos um programa com diretrizes que dão esperanças, energia, a todos que estão engajados nessa luta. A saída é vencer, não há outra”, discursou.
O presidente nacional do PSB afirmou também estar inteiramente de acordo com todas as diretrizes apresentadas, mas ressaltou especial predileção pelas propostas relacionadas a ciência, tecnologia, inovação e também a economia criativa.
“Gostaria de expressar minha mais completa satisfação por essa unidade que conseguimos construir, as forças progressistas que estão aqui reunidas, haverão de ir mais além e conquistar outros setores da sociedade, sejam eles culturais, sociais ou partidários. Unir todos que não suportam mais esse governo”, finalizou. Ele destacou a participação, na elaboração das diretrizes para o programa de governo, dos socialistas Alexandre Navarro, vice-presidente da Fundação João Mangabeira, e Domingos Leonelli, integrante da Executiva Nacional, presentes no evento.
Em sua fala, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que um programa de governo democrático não se faz em cima de lancha e jetski, como faz o presidente Jair Bolsonaro em seus passeios pelo país, mas sim ouvindo a população e dialogando.
“Acompanhei o presidente Lula em vários Estados nas últimas semanas, ouvimos setores importantes e representantes da agricultura familiar, cooperativismo, artesanato, educação, cultura, arte e educação, é isso que agrega valor a uma campanha”, afirmou Alckmin.
Alckmin relembrou que Bolsonaro é o único presidente na história do país que vai deixar como legado um salário mínimo menor em termos reais quando deixar a presidência. “Com o presidente Lula, o salário mínimo se valorizou 74%”, discursou.
Ao citar o programa, Alckmin citou que ele foi planejado da maneira mais democrática possível e citou as palavras que percebeu que se repetem ao longo do documento:”reconstrução, esperança e compromisso”. Para ele, o maior valor que une os que participaram da construção do documento é a democracia, que necessita de instituições sólidas. “As pessoas passam e as instituições ficam”, disse.
O documento apresenta “compromissos” para a reconstrução do país, “devastado por um processo de destruição” que resulta em “fome, desemprego, inflação, endividamento e desalento das famílias; que coloca em xeque a democracia e a soberania nacional, que destrói o investimento público e das empresas, e que dilapida o patrimônio natural, aprofundando as desigualdades e condenando o país ao atraso e ao isolamento internacional”.