
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou durante participação no programa Bom dia, Ministro, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), nesta quarta-feira (12), que o governo não propõe uma reindustrialização nos moldes antigos, mas uma neoindustrialização sustentável.
“O Brasil é a bola da vez. É o país que vai atrair a economia verde, a energia limpa, a descarbonização. Queremos uma neoindustrlização inovadora, digital e verde”, afirmou.
Ele lembrou que o governo irá assinar no dia 25 de julho o primeiro contrato de gestão do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA).“Assinaremos em Manaus o primeiro contrato de gestão com uma Organização Social [Fundação Universitas de Estudos Amazônicos], com a interveniência do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo. Nosso objetivo é fazer com que a biodiversidade amazônica vire renda, emprego, empresas e negócios”, explicou o ministro ao destacar o potencial da região para indústrias como as farmacêuticas; de cosméticos e de alimentos.
Durante o programa, Alckmin anunicou que a Zona Franca de Manaus receberá aproximadamente R$ 1,6 bilhão em novos investimentos, o que poderá resultar na geração de mais de 1,6 mil novos empregos. Segundo ele, o valor terá como destino novos empreendimentos na ampliação das instalações de indústrias já existentes.
“Eu quero trazer uma boa notícia sobre a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa): teremos perto de R$ 1,6 bilhão de investimentos novos. Em novas fábricas ou na ampliação de indústrias já existentes”, disse Alckmin ao ressaltar o interesse do governo em manter o Polo de Manaus, responsável por mais de 100 mil empregos diretos na região.
Sobre a concessão de descontos nas vendas de automóveis, Alckmin disse que a medida foi o responsável pela deflação em junho. “Mês passado caiu a inflação, 0,08%, nós estamos com o IPCA de 12 meses em 3,12%. O que levou a essa deflação foi o programa de automóveis, porque o preço do carro caiu 2,5% praticamente e o carro usado também caiu 1% aproximadamente”, disse.
Reforma tributária
O vice-presidente e ministro disse que a reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados não é perfeita “mas é 95% avanço”. Ele elogiou a forma como a matéria foi aprovada, “sem toma lá, dá cá”, pela Casa. “O projeto aprovado na Câmara foi um bom projeto. Aliás, a Câmara Federal está de parabéns, porque foi sem toma lá, dá cá. Isso é uma prova de maturidade e prova de interesse público. Ela [reforma tributária] não é perfeita, mas é 95% avanço”, disse.
Ele ressaltou que o objetivo da reforma tributária “não é prejudicar um e ajudar outro”, mas o de garantir equilíbrio entre as unidades federativas. “Não é também [objetivo] aumentar nem diminuir impostos. O objetivo é a eficiência econômica; é simplificação; é reduzir o Custo Brasil; é atrair mais investimento”, disse.
“É também estimular exportação, porque algumas indústrias só sobrevivem se exportarem. Por isso é importante a gente ter um foco no comércio exterior e em acordos internacionais; e por isso o presidente Lula está rodando o mundo, reinserindo o Brasil nas cadeias industriais do mundo e na economia mundial”, completou.
Com informações de Agência Brasil, CNN e Estadão