O deputado Alexandre Roso (PSB-RS) e a Comissão de Seguridade Social e Família promovem, no próximo dia 10 de junho, o Seminário "Debater Sobre a Endometriose". O evento contará com a presença dos ministros da Saúde e Educação, especialistas e representantes de grupos civis organizados, para realização de debates e palestras sobre a doença.
Em pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) com 5.000 mulheres acima de 18 anos em todo o País, os números apontaram que a maioria (55%) não sabe o que é endometriose. "Nosso objetivo é salientar a importância do trabalho conjunto entre os órgãos gestores e o Parlamento, no que diz respeito ao avanço da legislação de apoio ao trabalho de combate à endometriose", destacou Roso.
O estudo mostrou ainda que 66% das entrevistadas não conseguiram identificar a que sintomas a doença está associada. O cenário torna-se mais grave quando se sabe que, no mundo, cerca de 176 milhões de mulheres e mais de 6 milhões no Brasil são acometidas pela doença. 50% delas podem ficar inférteis.
CÓLICAS – A endometriose pode causar dores intensas no período menstrual, além de dores durante as relações sexuais, dificuldade de engravidar e infertilidade.
A doença caracteriza-se pela presença do endométrio fora do útero. O endométrio é o tecido que reveste a cavidade do útero, preparando-o para receber o embrião. Quando não ocorre fecundação, este tecido se descama e é eliminado através da menstruação.
Na endometriose, porém, este tecido se implanta fora do útero, migrando, através da corrente sanguínea, para órgãos como ovários, ligamentos pélvicos, intestinos, bexiga, apêndice e vagina. Em casos mais raros pode ser encontrado em órgãos distantes, como pulmão, pleura e sistema nervoso central.
Apesar da gravidade e do grande número de mulheres que sofrem com este mal, a desinformação a respeito leva ao diagnóstico tardio, piorando as condições de tratamento e prolongando o sofrimento. Veja a programação do evento na figura ao lado.