A geração de empregos com carteira assinada continua em expansão em todo o Brasil, segundo revelam os dados divulgados nesta quinta-feira, 16, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em todo o país houve a abertura de 142.496 novos postos de trabalho no mês de julho. O crescimento foi de 0,37% em relação à quantidade de trabalhadores no mercado formal, comparado a junho deste ano. De acordo com as estatísticas, o Amapá continua um dos líderes na geração de empregos na região Norte, abrindo 806 novos postos de trabalho formal.
Dados do Caged mostram que desde 2003, quando os empregos formais passaram a ser acompanhados, nunca, em um mês de julho, o Amapá gerou tantos empregos. Para o secretário do Planejamento, Orçamento e Tesouro do Amapá, Juliano Del Castilo Silva, os números do Caged são reflexos positivos da política adotada pelo governador Camilo Capiberibe para o desenvolvimento do Estado.
"Em 2011, o Amapá fechou o ano com saldo positivo de 7.256 empregos com carteira assinada, que corresponde a uma variação de 11,90% se comparado a 2010. Esse resultado classifica 2011 como o melhor ano na geração de empregos formais no Amapá na última década.
De acordo com Del Castilo, a retomada de diversas obras pelo GEA tem impulsionado a construção civil.
"A expectativa é de mais crescimento ainda em 2012, em função das obras da BR-156, que geram em média 450 empregos diretos em cada um dos três trechos, segundo as empresas executoras. Este ano também teremos o investimento privado nas obras das hidrelétricas (Ferreira Gomes e Santo Antônio do Jari), que alcançará seu pico de contratações nos próximos meses", avalia.
Os números no Brasil
No acumulado do ano, foram criados 1.232.843 postos de trabalho, uma expansão de 3,25% em relação ao estoque de dezembro de 2012. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 1.538.472 empregos, correspondendo à elevação de 4,09%. Com isso, o país passa a ter 39.134.013 de trabalhadores celetistas. No mês, foram declaradas 1.753.241 admissões e 1.610.745 desligamentos, ambos os maiores para o período.
A geração de empregos em julho ocorreu nos oitos setores da economia, com destaque para Serviços, com 39.060 postos (0,25%). O comportamento favorável do setor ocorreu devido ao crescimento do emprego em quatro segmentos: Serviços de Alojamento e Alimentação (17.454 postos); Serviços de Comércio e Administração de Imóveis (13.191 postos); Serviços Médicos e Odontológicos (10.623 postos) e Serviços de Transportes e Comunicações (4.788 postos).
A Construção Civil, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, foi o setor responsável pela abertura de 25.433 vagas (0,83%); e Indústria de Transformação, 24.718 postos (0,30%), com destaque para os ramos da Indústria de Produtos Alimentícios (7.537 postos), Indústria de Calçados (4.335 postos), Indústria Química (3.312 postos), Indústria Têxtil (2.354 postos) e Indústria Mecânica (2.224 postos).
Com a criação de 23.951 empregos (1,42%), a Agricultura obteve a maior taxa de crescimento entre os setores para o mês. O comportamento favorável do setor Agrícola está relacionado, em grande parte, às Atividades de Apoio à Agricultura (9.593 postos) e Cultivo de Laranja (8.055 postos), centralizadas no Estado de São Paulo.
Já o Comércio abriu 22.847 vagas no mês (0,27%); a Extrativa Mineral, 1.717 vagas (0,80%); e Serviços Industriais de Utilidade Pública, 1.598 postos (0,42%). A Administração Pública criou 3.161 empregos (0,38%), o melhor desempenho para o mês de julho, desde 2009.
Nas regiões
Em termos geográficos, todas as cinco grandes regiões aumentaram o emprego: Sudeste, com 83.093 postos (0,40%), desempenho superior ao ocorrido em julho de 2011 (69.201); Nordeste, 21.184 postos (0,35%); Sul, 13.060 postos (0,19%); Norte, com 12.883 postos (0,75%), o terceiro maior saldo para o mês; e Centro-Oeste, com 12.276 postos ou (0,42%).
Todas as Unidades da Federação (UF) expandiram o nível de emprego, com quatro delas registrando saldos recordes; duas o segundo lugar e cinco o terceiro melhor resultado para o mês. Os destaques positivos foram: São Paulo, com 47.837 postos (0,38%); Minas Gerais, 19.216 postos (0,46%); Rio de Janeiro, 13.439 postos (0,37%); Pará, 6.759 postos (0,96%); e Ceará, com 6.695 postos (0,64%).
No conjunto das nove áreas metropolitanas, o emprego formal cresceu 0,24%, equivalente ao aumento de 38.865 postos de trabalho em julho. As áreas metropolitanas que mais se destacaram, em termos absolutos foram: São Paulo (13.835 postos) e Rio de Janeiro (9.249).
O interior desses aglomerados urbanos teve aumento generalizado do emprego, sendo responsável, em conjunto, pela criação de 69.382 postos de trabalho, ou crescimento de 0,49%, resultado superior ao apontado para o total das áreas metropolitanas. O interior do Estado de São Paulo (34.002 postos) foi o que mais se destacou.
De acordo com o site Brasil Econômico, O Sul criou 13.060 postos, enquanto o Norte e o Centro-Oeste geraram 12.883 postos e 12.276 postos, respectivamente. Com o resultado, a região Norte alcançou seu terceiro melhor desempenho para o mês de julho na série histórica do Caged.
Dentre os estados, quatro obtiveram desempenho recorde no semestre: Mato Grosso (+5.827 postos), Mato Grosso do Sul (+1.896 postos), Amapá (+806 postos) e Roraima (+760 postos).