Com 33 parlamentares, a bancada do PSB decidiu, na noite desta segunda-feira (8), votar a favor da cassação do parlamentar afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que sofre processo por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de participação no esquema de desvios de recursos da Petrobras descoberto pela Operação Lava Jato e de ter omitido contas no exterior.
O parecer do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que recomenda o desligamento definitivo de Cunha foi lido na segunda-feira, no Plenário, pelo deputado Hildo Rocha (PMDB-MA). Para o processo entrar na Ordem do Dia são contadas duas sessões do Plenário. A data de votação ainda não foi definida pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A expectativa é que Maia anuncie a sessão de votação até esta quarta-feira (10).
Para o líder da bancada Paulo Foletto (ES), toda a tolerância possível em relação ao processo de cassação foi respeitada, mas é preciso que a data seja definida para o caso ter solução definitiva. “Não fizemos pré-julgamento, tivemos todo o tempo de tolerância possível. E devido à ação incisiva no Conselho de Ética, por meio do deputado Júlio Delgado, decidimos por fechar questão nesse assunto e votar pela cassação”, enfatizou.
Na reunião de líderes, Paulo Foletto cobrou rapidez no processo, mas sem pular etapas. “Cobramos agilidade do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Lógico que não queremos que o processo se resolva sem que as etapas sejam todas cumpridas, mas queremos uma data de julgamento”, comentou. São necessários 257 votos entre os 512 deputados em exercício para determinar a perda do mandato de um parlamentar.