O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo (PSB/RJ), anunciou, durante a audiência pública realizada nesta quarta (17) na Câmara Municipal, que já investiu mais de R$ 28 milhões do tesouro municipal na área da saúde. Os valores podem chegar a R$ 110 milhões até o final do ano. “A prioridade deste governo é a saúde. Desde o dia 2 de janeiro estamos buscando respostas rápidas ao caos encontrado”, lembrou o prefeito durante a audiência, ressaltando que a Saúde na cidade continua em estado de calamidade pública.
Além de mostrar as ações que vêm sendo realizadas pelo atual governo, Bomtempo defendeu a necessidade de investir na qualidade do atendimento nas salas de urgência das unidades e está criando um Programa de Melhoria de Qualidade no Atendimento, com remuneração específica para os profissionais, mediante metas a serem cumpridas a partir dos indicadores gerados.
As iniciativas mereceram o apoio dos participantes da audiência. Professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Paulo Rodrigues reconheceu, durante a reunião, que o volume de problemas encontrados na área da saúde foi enorme.”Realmente é necessário rever o papel das urgências e emergências do município, ampliar o atendimento do Programa de Saúde da Família para a total reestruturação da rede de saúde”, destacou, ao reforçar a importância da transparência dada pelo atual governo aos números da saúde de Petrópolis.
Desde o início do ano, o prefeito procura respostas rápidas para o caos encontrado, tanto que já conseguiu mais de R$ 5 milhões em emendas parlamentares para a compra de equipamentos, entre eles, aparelho de ressonância magnética, até então inexistente na saúde pública do município.
Os investimentos na saúde básica continuam sendo uma importante meta. Por isso, o município quer concentrar os esforços na expansão do Programa Saúde da Família, que nos últimos quatro anos ficou estagnado. A primeira unidade desta administração será inaugurada no bairro Caxambu.
Prestação de contas – Numa espécie de prestação de contas de 100 dias de governo, Bomtempo fez um histórico de medidas tomadas desde que assumiu.Com apenas 15 dias de governo, Bomtempo conseguiu a reabertura dos 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a regularização do estoque de medicamentos, a ativação da enfermaria de cirurgia e a montagem de uma sala especial para a estabilização dos pacientes de urgência.
Com o fechamento do Hospital Casa da Providência, a atual administração também conseguiu absorver a demanda da maternidade. Para isso, o prefeito abriu mais uma ala para atender às gestantes da cidade na unidade, ampliando de 23 para 48 leitos.
Os serviços de ginecologia, cirurgias geral, vascular e ortopédicas, que também eram realizados na Casa da Providência começaram a ser realizados no HAC. No último dia 8, um mamógrafo que estava encaixotado há 3 anos, também foi colocado em funcionamento na unidade.
O Hospital Municipal Nélson de Sá Earp também foi contemplado. O prefeito colocou em operação um novo aparelho de ecocardiograma, que também será utilizado para a realização de ultrassonografias. O equipamento, que estava parado há cerca de um ano na Secretaria de Saúde, está agilizando o diagnóstico e o monitoramento de pacientes de emergência e também os internados no Centro de Recuperação de Adultos (CRA) da unidade.
Durante a audiência pública, o prefeito denunciou ainda o desvio de mais de R$ 4,6 milhões em verbas da saúde do bloco da chamada farmácia básica para a média e alta complexidade e também para a atenção básica. Esses recursos só poderiam ser utilizados para a compra dos produtos que compõem a lista da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). Mas, no lugar de remédios para combater as doenças mais comuns que atingem a população brasileira, como hipertensão e diabetes, o governo passado também utilizou os recursos da farmácia básica para custear despesas com dieta e alimentação enteral, material odontológico e bolsas de colostomia, além de material cirúrgico.
O desvio será denunciado no Tribunal de Contas do Estado e da União, no Ministério Público Estadual e Federal e ainda no Ministério da Saúde.