O Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou nesta terça-feira (06) que será candidato à reeleição pelo PSB. Ao mesmo tempo, Casagrande declarou que vai apoiar na eleição presidencial a chapa de seu partido, formada pelo presidente Nacional do PSB, Eduardo Campos, e pela ex-senadora Marina Silva, fundadora da REDE e candidata a Vice dos socialistas.
O anúncio oficial foi feito em entrevista coletiva no Hotel Quality, em Vitória, mas mais cedo o próprio Renato Casagrande comunicou a decisão na sua página da rede social Facebook.
“Estou indo agora para uma entrevista coletiva, onde anuncio minha pré-candidatura ao Governo do Espírito Santo. Vou anunciar também que, diante dos movimentos realizados por parte do PMDB e do PT, deixo a postura de neutralidade na disputa presidencial para me alinhar com o projeto nacional do meu partido”, escreveu o governador.
Na coletiva, Casagrande, disse que até então tinha permanecido neutro na disputapresidencial para preservar uma unidade política entre os partidos no estado.“Queríamos a manutenção da unidade, cheguei ao ponto máximo de esforço. Cheguei a me ausentar do partido buscando a preservação (da unidade), mas parte do PMDB e do PT se posicionaram para uma candidatura própria e aquilo que tinha sido construído não tinha ambiente para ser mantido”, avaliou.
“Aquele conceito de unidade já não existe mais”, disse Casagrande, reconhecendo a impossibilidade da iniciativa. “Novas composições estão sendo debatidas e discutidas, mas deixo aqui registrado o esforço que fiz e a compreensão de que a unidade que foi importante para nós, nos anos anteriores, tem e tinha a mesma importância no ato de governar o Estado e conduzir a gestão pública”, declarou.
A decisão do governador do Espírito Santo põe fim a um ciclo de alianças com o PT e PMDB no Palácio Anchieta. Ele avaliou que, agora, os demais partidos irão para as reuniões sobre a sucessão estadual já sabendo que ele fará palanque para o presidenciável Eduardo Campos (PSB). “Agora não vejo necessidade de manter a ausência do debate nacional. Com essa base nossa faremos as discussões e debate com as demais lideranças políticas”, frisou Casagrande.