Em reunião realizada por videoconferência, nesta quinta-feira (21), com o presidente Jair Bolsonaro e os 26 chefes estaduais, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), defendeu uma “coordenação central” do governo federal para combater a crise do novo coronavírus.
“Quero deixar a sugestão que o presidente, junto com o Senado, a Câmara, com o STF, e com a representação dos governadores e prefeitos, a gente possa ter uma coordenação central, porque vamos viver ainda um tempo significativo de crise, e ter essa coordenação central que nos oriente cumpre o papel de salvar vidas”, apontou Casagrande.
“O que não precisamos no momento é de uma crise política”, complementou o socialista.
Apesar de o encontro ter como pautas centrais a sanção do projeto de socorro aos Estados e o veto ao trecho sobre o reajuste salarial para servidores públicos até o fim de 2021, Casagrande comentou que o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus não passa apenas pelo atendimento de saúde, mas também por “disciplina e isolamento social”. “As prioridades absolutas devem ser salvar vidas e proteger os mais vulneráveis”, pontuou.
O governador do PSB informou na reunião que o Estado do Espírito Santo teve uma queda de arrecadação de quase 10% em abril e estima que o declínio em maio seja entre 25% e 30% em comparação ao mesmo período do ano passado. “A crise trazida pela pandemia de covid-19 será longa e não será resolvida antes de 2021. Temos de nos preparar para os efeitos econômicos”, disse.
Durante o encontro, Bolsonaro anunciou que irá sancionar o pacote de socorro financeiro aos Estados e municípios, estimado em R$125 bilhões, com quatro vetos. Ele também pediu apoio para que o congelamento salarial até o fim de 2021 tenha efeito para todos os servidores.
Além dos 26 chefes estaduais, participaram do encontro virtual os ministros Paulo Guedes (Economia), Fernando Azevedo (Defesa), Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral). Além deles, os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).