Em uma série de medidas apresentadas para sanear as contas do Distrito Federal, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) anunciou nesta terça-feira que cortará o próprio salário e os vencimentos do vice-governador, dos secretários e dos administradores regionais em 20%. Rollemberg também decidiu reduzir o número de secretarias de 24 para 16 e o número de administrações regionais de 31 para 24.
Rollemberg assumiu o governo com uma dívida de R$ 2,1 bilhões de gestões anteriores, além de R$ 890 milhões em restos a pagar. Somados os déficits com o pessoal e de custeio, o rombo chegou a R$ 6,5 bilhões. De janeiro a agosto, o governo conseguiu reduzir o déficit para R$ 5,25 bilhões.
A economia foi atingida com cortes em cargos comissionados, diárias em hotéis, passagens para o exterior, eventos culturais e trabalhos de consultoria jurídica. O governo projeta ainda economizar R$ 22,7 milhões com a transferência de secretarias para o estádio Mané Garrincha, que foi reformado para a Copa do Mundo.
Para reverter o déficit das contas, o governo não conseguirá dar reajuste aos servidores previsto para o segundo semestre de 2015. O impacto estimado da medida é de R$ 400 milhões. Rollemberg, no entanto, prevê economizar 20% com funções de confiança e decidiu reduzir, ainda mais, o número de pastas da administração. Quando assumiu, o número de secretarias já havia caído de 31 para 24.
O aumento de impostos também está entre as propostas apresentadas pelo governador à Câmara Legislativa. Rollemberg sugeriu ajustes no ICMS e correção do IPTU e da taxa de limpeza. A tarifa do transporte, que é a mesma desde 2006, sofrerá reajuste.
Assessoria de Comunicação PSB