O esquema de propinas na Petrobras, ocorrido entre 2004 e 2014 e descoberto pela Operação Lava Jato, foi apontado como o segundo maior caso de corrupção do mundo, segundo pesquisa realizada pela ONG Transparência Internacional e divulgada na última quarta-feira (10). A estatal petrolífera brasileira recebeu 11.900 votos, ficando atrás apenas de Viktor Yanukovych, ex-presidente da Ucrânia (de 2010 a 2014), que recebeu 13.210 votos.
A Organização Não Governamental, sediada em Berlim, promoveu a pesquisa pela internet, em âmbito internacional, com 400 casos de corrupção citados. A enquete foi divulgada no site da ONG e faz parte da campanha "Desmascare os corruptos". Entre outros capítulos marcantes de fraudes estão o caso Fifa (1.844 votos) e o do ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli (10.166 votos), acusado de desviar US$ 100 milhões.
Petrobras quer sair do setor elétrico
Em meio à crise, a Petrobras quer deixar de ser uma empresa integrada de energia e anunciou a venda de suas 21 usinas térmicas, gasodutos e terminais de regaseificação, por onde chega em forma líquida o gás importado em navios. Entretanto, a negociação vai de encontro com questões regulatórias, segundo um executivo de uma grande empresa do setor elétrico interessada em comprar ativos. O investidor quer ter a certeza de que terá licença da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operar os gasodutos.
As negociações fazem parte do plano geral da estatal petrolífera de arrecadar, no total, US$ 57,7 bilhões (o equivalente a cerca de R$ 225 bilhões) com a venda de ativos. Mas a empresa só conseguiu se desfazer, até o momento, de 49% de uma de suas subsidiárias, a Gaspetro, de distribuição de gás, por R$ 1,9 bilhão. Parcerias na BR Distribuidora, concessões para a exploração e produção de petróleo e gás, uma fatia da petroquímica Braskem, fábricas de fertilizantes, terminais, dutos e navios, além das usinas, ainda estão em negociação. A nova empresa será, prioritariamente, uma produtora de petróleo.
Com informações da Agência Estado