Estudantes de medicina em Cuba estão participando ativamente do combate a disseminação do novo coronavírus no país. 28 mil estudantes andam de casa em casa, diariamente, em busca de novos casos da doença.
Com suas camisas brancas e máscaras, os estudantes saem em duplas e visitam cerca de 300 famílias por dia. Os estudantes estão habituados a fazer visitas anuais, nos meses de setembro e outubro, a fim de recolher informações sobre a dengue, mas nesse ano houve mudança no roteiro como forma de combater ao novo coronavírus. Como cerca de 20% da população cubana têm mais de 60 anos, o cuidado se torna essencial.
Devido à escassez de alguns produtos, os cubanos são orientados, nos casos em que não há acesso ao álcool 70%, a criar uma solução à base de água e cloro e jogá-la nas mãos.
Se em alguma das visitas os estudantes encontrarem moradores com algum dos sintomas do vírus, a situação é imediatamente relatada ao centro médico do bairro.
O país que contabiliza até o momento 186 casos da Covid-19, incluindo seis mortes, foi um dos últimos da América Latina a fechar suas fronteiras para não residentes, em 24 de março.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ilha tem 82 médicos para cada 10 mil habitantes, em comparação com 32 na França e 26 nos Estados Unidos. Esse número é o que dá esperanças para os cubanos que não despõem de tecnologia de primeiro mundo para ajudar os pacientes que apresentem quadros mais graves.
Além da prestigiada Escola Latino-Americana de Medicina (Elam), o país conta com outras 25 faculdades de Medicina.
Medidas do governo cubano
A chegada de voos internacionais na ilha está suspensa desde terça-feira (01/04). O governo também solicitou a saída de todos os barcos estrangeiros das águas da ilha do Caribe para conter a propagação do coronavírus.
Outra medida tomada pelo governo foi a suspensão do desfile de 1º de maio, em comemoração ao Dia do Trabalho, que ocorre todos os anos na Praça da Revolução, em Havana.
Assessoria de Comunicação/PSB nacional com informações do jornal O Globo