Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo (1972), foi instituído o Dia Mundial do Meio Ambiente, que se comemora anualmente em 05 de junho. Sendo este um marco estabelecido para se pensar, em escala planetária, sobre o tema ambiental, ainda há pouco para celebrar.
Ainda que desde 1972 tenha havido alguns avanços, o fato é que não foram suficientes para reverter tendências, como o aquecimento global. Além disso, grandes poluidores como os Estados Unidos deixaram de fazer parte de convenções internacionais, que têm por objetivo reduzir a produção de gases de efeito estufa.
Note-se, ainda, que um certo consenso político mundial sobre a relevância de se aprofundar protocolos ambientais, para defender o planeta, vem sendo ameaçado por correntes negacionistas que operam em vários países, tendo chegado em alguns deles ao poder.
Infelizmente, um dos países em que esse tipo de ideário alcançou êxito é o Brasil, com o estabelecimento do governo do atual presidente da República, que tem procurado efetivar tanto o desmonte de uma legislação ambiental ? que já foi referência em termos mundiais ?, quanto das instituições encarregadas, até então, de fiscalizar sua aplicação.
As “não políticas” do atual governo correspondem a uma visão atrasada da questão ambiental e dos aspectos econômicos que implica. Para utilizar um raciocínio sintético, basta lembrar que uma quantidade expressiva de estudos realizados nacional e internacionalmente demonstram, por exemplo, que a floresta em pé tem muito mais valor (econômico), do que a devastação que se tem empreendido, para expandir atividades como a sojicultura, criação bovina e garimpo.
Neste cenário, o Partido Socialista Brasileiro – PSB tem atuado de forma sistemática e efetiva sobre a questão ambiental, sempre no sentido de devolver ao debate uma racionalidade científica e econômica, que procuram conciliar as demandas de desenvolvimento, com as limitações ambientais de nosso planeta e de nossos biomas.
Isso, ao menos, temos a comemorar, porque lideranças do PSB têm sido referência nesta luta. Além disso, temos uma preocupação programática clara com o tema, que está presente na na Autorreforma do partido, na concepção geral do projeto nacional desenvolvimento que vem sendo elaborado e em um tema historicamente caro ao PSB, ou seja, “o desenvolvimento inteligente da Amazônia”.
Haverá sempre muito a fazer na temática ambiental e, por isso, ela se incorpora ao socialismo democrático do PSB como elemento estruturante em termos programáticos. Não faltaremos, portanto, à luta democrática e popular por um modelo ambientalmente sustentável de desenvolvimento!
Carlos Siqueira
Presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro – PSB