Eduardo Campos, candidato à Presidência pela Coligação Unidos pelo Brasil, afirmou nesta sexta-feira (25) que seu governo estabelecerá uma nova agenda para a saúde, a educação e a segurança pública. Há dinheiro para que se possa avançar nessas áreas, o que falta é vontade política para colocá-las como prioridades, disse o ex-governador no lançamento, realizado na capital paulista, dos candidatos a deputado estadual e federal da Rede Sustentabilidade no Estado de São Paulo.
Em seu discurso, o ex-governador pernambucano lembrou que o programa de governo da coligação, que está em fase de finalização, inclui a criação de escolas de tempo integral em todo o país, a instituição do Passe Livre para os estudantes e a destinação de 10% das receitas brutas da União para a Saúde, entre outras medidas em benefício da cidadania.
“Há uma agenda colocada pela sociedade, de forma autoral, direta, e a Rede tem muito a ver com isso, com esse ambiente. O que nós estamos colocando é que é preciso e necessário uma agenda nova para a educação, para a saúde, para a segurança pública, para um novo humanismo, para um novo padrão de Estado, para um novo padrão de democracia, onde o Estado analógico vai poder ser mais digital, deixar o povo participar das decisões, controlar o gasto público, controlar as decisões governamentais acompanhando e fazendo a sociedade chegar junto”, afirmou.
Lembrou que, quando o governo decide socorrer empresas elétricas ou subsidiar juros para grandes grupos econômicos, não se pergunta de onde vem o dinheiro. “Quando o Brasil precisou colocar R$ 50 bilhões para o setor elétrico pelos erros cometidos pelo governo, apareceram R$ 50 bilhões. Quando precisamos colocar R$ 400 bilhões em títulos no BNDES para financiar um bocado de empresa, muitas delas com juros subsidiados, arruma-se dinheiro, sendo que R$ 50 bilhões são gastos em subsídios aos juros no Brasil e não aparecem nas contabilidades, mas arruma-se dinheiro para tudo isso”.
Seu governo, afirmou, significará uma mudança de verdade no Brasil. “Existe uma palavra mágica que é planejamento, governança, gestão, reunir pessoas capazes, ter metas, ter meta, objetivo, e caminhar em direção ao objetivo. É o que vamos fazer. Apresentar à sociedade brasileira um programa que representa a mudança de verdade no Brasil. Mudança no padrão político e mudança nas prioridades de quem vai governar.”
Marina Silva, candidata a vice-presidente da República, lembrou que a aliança da Rede e do PSB foi feita em torno de um programa de governo. “Em cima dessa programa, haveremos de governar com um outro tipo de governabilidade. Não é que não vamos compor. Vamos compor sim, com os melhores, os melhores de todos os partidos”, disse.
“Se formos vencedores com esse programa. Eu duvido que o PMDB de [Pedro] Simon, de Jarbas [Vasconcelos], não esteja conosco. Eu duvido que o PT de [Eduardo] Suplicy não esteja conosco. Eu duvido que o PDT do meu amigo Christovam Buarque não esteja conosco. Eu duvido que os homens e mulheres de bens não estejam conosco para um novo conosco para um novo momento da política, um realinhamento histórico, uma agenda para o Brasil”.
A ex-senadora agradeceu o acolhimento que os integrante da Rede tiveram do PSB. “Se em quatro anos, tivermos essa agenda para o Brasil, nós vamos dizer. Valeu a pena. A alma não foi pequena do PSB quando nos acolheu”.
Os candidatos da Rede em São Paulo disputarão vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados pelo PSB e pelo PHS, partidos da aliança, já que a Rede ainda não tem o registro legal. São os seguintes: para deputado federal, José Gustavo Fávaro Barbosa Silva (PSB). e, para deputado estadual, Alessandra Aparecida Monteiro (PSB), Almir Roberto Cicote (PSB), Claudio Gaspar Dottori (PSB), José Carlos Silveira Gaiane (PSB), Kiko Gimenez (PSB), Maria Da Graça Oliveira Lemos (PSB), Reinaldo Guimarães Mota (PSB), Valdizar Albuquerque (PHS) e Vanderlei Fernandes (PSB).
Ouça o discurso de Eduardo Campos: http://bit.ly/1orzoFo
Ouça o discurso de Marina Silva: http://bit.ly/1nsiGFx